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O enfarto do coração ainda é uma das principais causas de morte em todo o mundo, ocorre quando uma artéria coronária que fornece sangue ao coração é bloqueada, impedindo o fluxo sanguíneo e levando a danos no tecido cardíaco. As principais causas de enfarto são:

  1. Aterosclerose: Esta é a principal causa de enfarto. A aterosclerose é uma condição em que placas de gordura (ateromas) se acumulam nas paredes das artérias, tornando-as mais estreitas e impedindo o fluxo sanguíneo adequado para o coração.
  2. Pressão arterial elevada: A pressão arterial elevada pode levar ao aumento do trabalho do coração e aumentar o risco de danos nas artérias coronárias.
  3. Tabagismo: O tabagismo é uma das principais causas de doença arterial coronariana e aumenta o risco de enfarto em duas a quatro vezes.
  4. Colesterol elevado: O colesterol alto pode levar ao acúmulo de placas nas artérias e aumentar o risco de enfarto.
  5. Obesidade: A obesidade aumenta o risco de doenças cardíacas, incluindo enfarto.
  6. Diabetes: A diabetes aumenta o risco de enfarto, possivelmente porque aumenta o risco de aterosclerose e danos nas artérias coronárias.
  7. Estresse: O estresse crônico pode aumentar o risco de enfarto, pois pode levar a alterações no metabolismo das gorduras e açúcares no corpo, aumentando o risco de doenças cardíacas.
  8. Inatividade física: A falta de atividade física pode levar a doenças cardíacas, incluindo enfarto.
  9. Idade: O risco de enfarto aumenta com a idade.
  10. Histórico familiar: O risco de enfarto aumenta se alguém na família imediata tiver uma história de doença cardíaca.

É importante lembrar que muitas vezes essas causas estão interligadas e é comum uma pessoa ter mais de uma delas. Quando elas estão associadas, o risco do paciente não apenas se soma, mas se potencializa.

Os sintomas do enfarte do miocárdio podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  1. Dor no peito: é o sintoma mais comum do enfarte do miocárdio. A dor pode ser intensa e opressiva, e muitas vezes é descrita como uma sensação de aperto ou pressão no peito. A dor pode durar mais de alguns minutos.
  2. Dor em outras partes do corpo: além da dor no peito, a pessoa pode sentir dor em outras partes do corpo, como no braço esquerdo, pescoço, mandíbula, costas ou estômago.
  3. Falta de ar: a pessoa pode sentir dificuldade para respirar, mesmo em repouso.
  4. Suor frio: a pessoa pode suar frio e sentir-se tonta.
  5. Náuseas e vômitos: a pessoa pode sentir náuseas e vomitar.
  6. Sensação de ansiedade: a pessoa pode sentir-se ansiosa, agitada ou confusa.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas que sofrem um enfarte do miocárdio apresentam todos os sintomas descritos acima. Além disso, algumas pessoas podem ter sintomas atípicos, como indigestão, fadiga, falta de ar ou dor nas costas. Por isso, é importante ficar atento a qualquer sintoma incomum e procurar ajuda médica imediatamente se houver suspeita de enfarte do miocárdio.

Embora a dor no peito seja o sintoma mais comum do enfarto é importante destacar que a falta de dor no peito não significa que a pessoa não esteja tendo um enfarto. Em alguns casos, o enfarto pode ser silencioso, mas ainda assim, pode ser detectado por meio de exames médicos, como eletrocardiograma ou exames de sangue que medem os níveis de enzimas cardíacas.

O enfarto sem dor ocorre em pessoas com um sistema nervoso comprometido, o que afeta a capacidade do corpo de sentir dor, como nos:

  • Diabéticos,
  • Portadores de neuropatia autonômica,
  • Idosos
  • Mulheres.

Por exemplo, em pessoas com diabetes, o alto nível de açúcar no sangue pode danificar os nervos responsáveis pela sensação de dor. Já na neuropatia autonômica, os nervos que controlam funções corporais como a frequência cardíaca e a pressão arterial são danificados, podendo levar a um enfarto sem dor.

O enfarto silencioso, um tipo específico de enfarto, ocorre em cerca de 20% das pessoas, sem sintomas aparentes, e é mais comum em pessoas com diabetes, hipertensão arterial ou doença arterial coronariana prévia.

É importante que as pessoas com maior risco cardíaco fiquem atentas a qualquer sintoma incomum e procurarem ajuda médica imediatamente se houver suspeita de enfarto do miocárdio. Adotar um estilo de vida saudável, como fazer atividade física regularmente, não fumar, manter uma dieta saudável e controlar condições médicas crônicas, é importante para reduzir o risco de enfarto. Consultar um médico regularmente também é essencial para prevenir e detectar precocemente doenças cardíacas.

O diagnóstico precoce pode salvar vidas.

Marisa Campos Moraes Amato 
Professora Livre Docente de Cardiologia da Universidade de São Paulo
Diretora Médica Técnica do Amato Hospital Dia
Cardiologista CRM: 30400

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Alexandre Amato

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Enfarto sem dor: é possível?