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Os benefícios do exercício físico vão muito além do condicionamento cardio pulmonar e desenvolvimento de massa muscular, ocorre um efeito psicológico e social altamente eficaz. Praticar esporte ou exercitar-se significa reduzir a depressão, a ansiedade e as perturbações neurovegetativas, além de manter o peso, a pressão arterial e o colesterol dentro dos níveis da normalidade.

A capacidade física fica maior, resultando em menor esforço físico para executar determinada tarefa. Há maior disposição não somente para o trabalho, como também para o lazer; maior resistência para as doenças de um modo geral. Isso leva a um agradável bem-estar, maior autoconfiança e uma saudável alegria de viver.

Quem consegue incluir a atividade física entre seus hábitos pessoais, com certeza está evitando diversos problemas consequentes ao sedentarismo da vida moderna e poderá usufruir as vantagens proporcionadas pelo progresso, com maior qualidade de vida.

Todos os órgãos da economia humana têm seu comportamento alterado, em maior ou menor intensidade, pelo exercício ou pela imobilidade.

O exercício físico é um excelente remédio. Não só para reduzir risco de doenças como também para ajudar pacientes em reabilitação. Quem está em tratamento cardíaco, vascular, pulmonar, neurológico ou ortopédico, por exemplo, tem na atividade física um eficiente meio de curar-se mais depressa.

Claro que pacientes devem seguir orientação médica antes de iniciar qualquer programa de atividade física. E quem é hipertenso ou tem problemas no coração precisa realizar exames complementares, que fornecerão as informações necessárias para a continuidade segura dos exercícios.

Durante o exercício, a pressão arterial e a freqüência dos batimentos cardíacos aumentam. Isso é natural, pois a atividade exige maior oxigenação do organismo. Existem porém níveis perigosos de freqüência cardíaca. São perigosos porque pode ocorrer uma alteração do ritmo dos batimentos e prejuízo para a irrigação dos músculos do coração. Nesse caso ocorre a estafa do músculo cardíaco, que pode até provocar a morte.

A freqüência cardíaca não pode exceder certo limite. Acima dele é arriscado praticar exercícios.

A freqüência cardíaca varia conforme a idade e o condicionamento físico de cada um. O atleta, por exemplo, durante o repouso apresenta freqüência cardíaca muito mais baixa do que uma pessoa comum. Cada um tem sua faixa de freqüência, dentro da qual pode fazer exercício sem perigo.

É importante, portanto, que cada um tenha seu próprio programa de exercícios. O atleta necessita trabalhar numa faixa de freqüência cardíaca mais elevada enquanto indivíduos sedentários e sadios devem, de um modo geral, exercitar-se em faixas mais baixas. A medida que vão se condicionando, eventualmente podem exercitar-se com maior intensidade. O condicionamento leva um indivíduo a realizar o mesmo esforço físico, cada vez mais facilmente.

Classificação dos exercícios

Aeróbico ou aeróbio – é aquele que gasta oxigênio para produção de energia, diz-se das atividades isotônicas, aquelas em que o indivíduo “teoricamente” se desloca. Essas atividades melhoram a aptidão cardiopulmonar.

Anaeróbico ou Anaeróbio – é aquele que utiliza outra fonte energética, a do ácido lático, e diz-se das atividades isométricas àquelas em que teoricamente o indivíduo não sai do lugar. Estas hipertrofiam a massa muscular. Esse tipo de atividade aumenta muito a pressão arterial e dependendo da intensidade, às vezes pode ser contra-indicada para hipertensos.

Todos os exercícios, na realidade são mistos, sendo um pouco mais aeróbicos ou anaeróbios.

Um programa de exercícios, deve ser completo, tendo uma fase de alongamento, outra predominantemente aeróbica, em seguida outra mais anaeróbia e finalmente um relaxamento.

Atualmente, existe uma infinidade de modalidades de exercícios físicos, para todos os tipos de gosto

 

Andar – este talvez seja o “primeiro passo” para fazermos o mínimo em atividade física. Os grandes andarilhos têm vida longa. De nada precisamos para começarmos a andar a não ser termos a benção de poder andar. Para tal exercício não precisamos de local especial, de equipamentos, de aparelhagem, de instrumentos, de professor e nem mesmo de parceiro que, aliás, geralmente não falta. É atividade individual por excelência. Podemos escolher o local, a hora, a distância, o ritmo, a velocidade. Tudo isso a nossa maneira e vontade. Enquanto não estabelecemos o programa que faremos “vamos andando” até que o encontremos a modalidade que traga prazer associado.

Existem diversas formas de atividade física e com certeza o mínimo que se faça é bem melhor do que não fazer nada

Aí vão algumas sugestões: subir e descer escada, dançar, nadar, hidroginastica,  pular corda, patinar, pedalar, eliptico ou step, remar, esquiar, diversas modalidades de aulas que cada academia dá um nome diferente. A yoga e o pilates, também tem sua contribuição aeróbica, apesar de ser em menor intensidade. Assim como diversos esportes como futebol, tênis, vôlei e outros que exigem treinamento físico concomitante.

Perigo no fim de semana

É importante ressaltar também que não existe “poupança física”. Não adianta ser um esportista de fim de semana. Isso não acumula ganhos nem rende juros para os outros dias em que não se faz nada. Pior: é muito perigoso.

Também é arriscado recomeçar uma prática esportiva depois de um longo período de inatividade. Mesmo que você tenha sido um campeão no passado, lembre-se: seu físico não é mais o mesmo. É bom ser cuidadoso, prudente e não abusar, para não correr risco de vida.

 

Autor: Prof. Dra. Marisa Amato

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Prof. Dra. Marisa Amato

Prof. Dra. Marisa Amato

Especialista em Cardiologia pela Associação Médica Brasileira. Mestrado em Ciências, na área de Fisiologia Humana, pela Universidade de São Paulo,1982. Doutorado em Medicina pela Universidade de São Paulo,1988. Bolsista de pós doutorado do governo alemão pela Fundação Alexander von Humboldt, em Hamburg, 1992/1993. Professora Livre Docente de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1998. Artigo Científico com repercussão internacional, publicado na Heart British Medical Journal, servindo de referência para o Consenso Europeu de Cardiopatias Valvares, 2001. MBA em Economia e Gestão em Saúde pela Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo,em 2005.Presidenta da Academia de Medicina de São Paulo, biênio 1997/1998. Membro do Conselho de Cultura da Associação Paulista de Medicina, biênio 1999/2002. Membro do Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo do Sesc e do Senac, desde março de 2008.Presidenta do Clube Humboldt do Brasil, eleita em novembro de 2008. CRM: 30400 RTE 056950

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