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Participação em eventos médicos

  

 

 

 

Capítulo 14

Participação em eventos médicos 

 

102 a 111. Presença em Congressos, Seminários e Jornadas – 112 a 114. Presença e freqüência em cursos – 115 a 185. Presença e apresentação de temas livres – 186 e 187. Trabalhos aceitos em Congresso – 188. Conferencista em evento – 189. Presença e Presidência de Mesa – 190 e 191. Participação como Debatedora de Temas

 

 

102 a 111. Presença em Congressos, Seminários e Jornadas

 

102., patrocinado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em São Paulo e Rio de Janeiro (transmissão via rádio-satélite), em 26 de junho de 1975. (Doc. 15)

 

103., promovida pela Associação Paulista de Hospitais, realizada em São Paulo, de 21 a 24 de novembro de 1976. (Doc. 19)

 

104.”, realizado em São Paulo, de 26 de setembro a 1º de outubro de 1977. (Doc. 26)

 

105. , promovido pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de 7 a 9 de março de 1979. (Doc. 38)

 

106., realizado em São Paulo de 9 a 11 de abril de 1979.

 

  1. XXXVI Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em Recife de 6 a 12 de julho de 1980. Simpósio sobre Betabloqueadores. (Doc. 50)

 

 

108., realizado em São Paulo, de 12 a 15 de abril de 1981. (Doc. 49)

 

109., patrocinado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional Maranhão, realizado em São Luiz, Maranhão, em 17 e 18 de dezembro de 1987. (Doc. 121)

 

110., do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo, realizado em São Paulo, 14 de maio 1994. (Doc. 215)

 

111.LIII, realizado em São Paulo de 7 a 10 de setembro de 1997. (Doc. 269)

 

112 a 114. Presença e freqüência em cursos

 

112.    Cursos Hipertensão Arterial e Cardiopatia Isquêmica no XXXVI Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em Recife de 6 a 12 de julho de 1980. (Docs. 46 e 47)

 

113.  Curso sobre Valvopatias no XXXVII Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Curitiba, Paraná, de 6 a 10 de setembro de 1981. (Doc. 54)

 

114.  Curso sobre Stress Eco no 8º Congresso Brasileiro de Ecocardiografia, em São Paulo, 01 a 04 de maio 1996. (Doc. 239)

 

115 a 185. Presença e apresentação de temas livres

 

  1. X Congresso Anual da Sociedade Brasileira de Fisiologia, realizado em São Paulo, de 9 a 11 de abril de 1979. (Doc. 41)

Apresentação de Trabalho:

  1. Estimulação Hipotalâmica em Cães:  Respostas  Hemodinâmi-

cas e Reflexas (Aspecto da Linha de Pesquisa apresentada no Cap. 13, item 97)

 

117.realizado em Curitiba – PR, de 6 a 10 de setembro de 1981. (Doc. 55)

Apresentação de Trabalho

  1. Estudo clínico de 24 pacientes com prótese de Starr-Edwards há mais de 10 anos, Amato, M.C.M.; Lavítola, P.; Elias, N.; Lima, E.V.; Grinberg, M.; Macruz, R.; Pileggi, F.; Décourt, L.V. (Doc. 55)

Resumo: Estudaram-se 24 pacientes (14 do sexo feminino) com prótese de Starr Edwards há mais de 10 anos, sendo 9 em posição mitral, 14 em aórtica e 1 em tricúspide, cujas idades situavam-se entre 18 e 58 anos, na operação. 90% apresentavam história de DR e 7 haviam sido submetidos a cirurgia prévia. 19 pacientes foram submetidos somente à troca valvar e, em 5, foi associada comissurotomia mitral. 19 pacientes usaram anticoagulante regularmente, controlando adequadamente o tempo de protrombina, e 5 destes apresentaram episódios embólicos, 3 em nível cerebral, 1 em pulmonar e outro em membro inferior, 2 com recuperação total. Dos 5 casos que não usaram anticoagulante, ou o fizeram irregularmente, 3 apresentaram embolia. Apenas 4 pacientes usaram anti-adesivo plaquetário com regularidade. dos 8 episódios embólicos, 3 relacionaram-se com a posição mitral e 5 com a aórtica. 15 pacientes apresentavam-se em fibrilação atrial e 9 em ritmo sinusal. Área cardíaca normal em 1 caso, aumento discreto em 16, moderado em 6 e acentuado em 1. O estudo fenomecanocardiográfico evidenciou sinais compatíveis com prótese normofuncional em 20%, com disfunção de prótese em 2%. Atualmente, 14 dos pacientes estão com capacidade funcional I e 10 em grau II, todos bem integrados na vida social cotidiana.

 

  1. I Congresso de Circulação Extracorpórea e Órgãos Internos Artificiais, patrocinado pela Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea e Órgãos Internos Artificiais, realizado em São Paulo, de 20 a 24 de outubro de 1981. (Doc. 56)

Apresentação de Trabalho –  Co-autora do tema livre:

  1. Correlação de valvopatia em pacientes com mais de 60 anos de idade (Doc. 56)

 

  1. XXXVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado no Rio de Janeiro, 24 a 28 de outubro de 1982. (Doc. 58)

Apresentação de Trabalhos

  1. Estenose aórtica – Aspectos clínico-cirúrgicos, Amato, M.C.M.; Elias, N.; Mansur, A.J.; Grinberg, M.; Macruz, R.; Pileggi, F.; Ebaid, M.; Verginelli, G. (Doc. 59)

Resumo: Foram estudados 51 pacientes portadores de estenose aórtica operados no período de 1978 a 1982. A idade variou entre 30 dias e 69 anos e 76% dos pacientes eram do sexo masculino. A etiologia foi congênita em 37% dos casos, reumática em 28% e não determinada em 35%. Doze (24%) pacientes eram assintomáticos, com gradiente transvalvar aórtico superior a 70 mmHg. 39 (76%) pacientes eram sintomáticos (dos quais 64% com gradiente transvalvar aórtico superior a 70 mmHg): insuficiência cardíaca em 17 (43,5%), angina pectoris em 20 (51%) e hipofluxo cerebral em 16 (41%). 19 (38%) casos apresentavam patologias associadas: insuficiência coronariana (10 casos), lesão mitral (8 casos), anel fibroso subvalvar (2 casos), hipertrofia septal assimétrica (1 caso) e persistência do canal arterial (1 caso). 21 (41%) pacientes foram submetidos à comissurotomia aórtica e 30 (59%) à substituição valvar. Calcificação valvar foi encontrada em 32 (68%) casos. Como procedimento associado realizaram-se: revascularização do miocárdio em 9, comissurotomia mitral em 4, substituição valvar mitral em 4 e miectomia em 2 casos. Oito (12%) pacientes faleceram no período pós-operatório imediato; nestes casos a indicação cirúrgica foi feita pela sintomatologia e todos receberam implante de substituto valvar biológico. As causa-mortis foram: síndrome de baixo-débito, insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, infartos pulmonares múltiplos e toxemia. Os dados de evolução de 32 pacientes (74,5% dos sobreviventes) num tempo médio de 27 meses, revelam 30 (94%) pacientes em Classe Funcional I e 1 (3%) em Classe Funcional II. Em 1 (3%) caso verificou-se sinais de disfunção de prótese.

 

  1. Cirurgia valvar no paciente idoso, Stolf, N.A.G.; Lima, E.C.; Santos, G.G.; Amato, M.C.M.; Lavitola, P.; Grinberg, M.; Pileggi, F.; Verginelli, G.; Zerbini, E.J. (Doc. 60)

Resumo: São estudados 152 pacientes com idade superior a 60 anos submetidos a cirurgia valvar no InCor da FMUSP. A idade variou entre 60 e 78 anos, com média de 65 anos. O sexo foi o feminino em 74 e o masculino em 78 pacientes. Os pacientes foram também estudados quanto ao antecedente reumático e classificados segundo o grau funcional. Disfunção da valva mitral estava presente em 58 pacientes, da valva aórtica em 64, da valva mitral e aórtica em 13, mitral e tricúspide em 1 e disfunção em prótese em 16 pacientes. Associação das lesões valvares com lesões coronárias ocorreu em 27 pacientes, com aneurisma da aorta em 2 e com mixoma em 1. Substituição de uma ou mais valva foi realizada em 125 pacientes, comissurotomia em 22, comissurotomia e troca em 5, revascularização do miocárdio em 27, ressecção de aneurisma da aorta em 2 e exérese de mixoma do átrio esquerdo em outro. Nas substituições valvares foram utilizados 127 válvulas de dura-máter, 4 válvulas de pericárdio bovino e 23 válvulas metálicas. Houve 20 óbitos no pós-operatório imediato (13,2%) e complicações de menor monta, fatais ou não, ocorreram 106 vezes. Conclui-se que a cirurgia valvar, associada ou não a outros procedimentos pode ser realizada nos pacientes idosos com risco e mortalidade aceitáveis.

 

  1. Drogas vasodilatadoras em valvopatias: estudo comparativo, Assumpção, L.F.P.; Lavítola, P.L.; Amato, M.C.M.; Elias, N.; Dallan, L.A.; Moraes, A.V.; Sosa, E.A.; Grinberg, M.; Pileggi, F. (Doc. 61)

Resumo: As conseqüências das valvopatias aórtica ou mitral, com sobrecarga de volume, dependem da relação entre o grau de disfunção e a resistência arterial periférica (RAP). A insuficiência cardíaca congestiva (ICC), quando instalada, por vezes é refratária ao tratamento habitual. Este trabalho visa a comparação entre as ações dos dinitratos de isosorbide (DI), prazosin (P) e hidralazina (H), sobre a função do VE, na tentativa de minimizar os efeitos sobre a regurgitação, dependentes da RAP. Com este intuito foram estudados 15 pacientes com idades de 18 a 56 anos (7 do sexo masculino), sendo 4 com insuficiência mitral (IM), 7 com insuficiência aórtica (IA) e 4 com IM e IA. O estudo constou de avaliação clínica (NYHA) e ecocardiográfica (modo M). Foram analisados os diâmetros de Vd, VE, Ao e AE, bem como os volumes e a FE do VE. Resultados: 1- diminuição dos volumes do VE, principalmente do VSF e conseqüente aumento da FE, possivelmente devido à queda da RAP; 2- diminuição dos diâmetros do VD, possivelmente devido à diminuição do retorno venoso. Sobre o VE a droga de maior ação foi a H e sobre o VD foi o DI; 3- clinicamente melhora acentuada em todos os casos, independentemente do vasodilatador usado. Conclui-se que o suporte terapêutico do vasodilatador é extremamente benéfico na melhoria da ICC, diminuindo a regurgitação e postergando a indicação da cirurgia corretiva.

 

  1. Insuficiência aórtica – Aspectos clínico-cirúrgicos, Ávila, W.S.; Amato, M.C.M.; Mansur, A.J.; Grinberg, M.; Verginelli, G.; Pileggi, F. (Doc. 62)

Resumo: Foram estudados 60 pacientes portadores de insuficiência aórtica operados no período de janeiro/79 a janeiro/82. A faixa etária variou de 13 a 71 anos (média: 38 anos) e 87% dos casos eram do sexo masculino. A etiologia foi reumática em 24 (40%) casos, congênita em 2 (3,3%), degenerativa em 14 (23,3%), luética em 4 (6,6%), endocardite infecciosa em 6 (10%) e não determinada em 10 (16,6%). Todos os pacientes eram sintomáticos: 18% em classe funcional II, 72% em classe funcional III e 10% em classe funcional IV. Patologias associadas ocorreram em 48% dos casos: comunicação interventricular (3 casos), aneurisma de aorta (8 casos), insuficiência coronariana (10 casos) e insuficiência mitral (8 casos). O ecocardiograma pré-operatório, realizado em 40 casos, revelou diâmetro sistólico maior ou igual a 50 em 24 (60%), e menor que 50 em 16 (40%). O DD% foi superior ou igual a 25% em 26 (65%) casos e inferior a 25% em 14 (35%). Foram implantados 38 substitutos valvares biológicos (31 de dura-máter e 7 de pericárdio bovino), 20 substitutos valvares metálicos e duas plásticas valvares. Óbito pós-operatório imediato ocorreu em 8 (13%) casos. As causas da morte foram: síndrome de baixo débito (5 casos), insuficiência renal (1 caso) e sangramento incontrolável (2 casos). Os dados de evolução de 40 pacientes (76,9% dos sobreviventes) num período de 2 a 46 meses (média: 20 meses), revelam 89% em classe funcional I, 6% em classe funcional II e 5% com disfunção do substituto valvar.

 

  1. I Congresso Interno do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, realizado em São Paulo, em 8 de abril de 1983. (Doc. 64)

Apresentação de Trabalho:

  1. A Estimulação de Mecanorreceptores Cardíacos reduz reflexamente a pós-carga,  Amato, M.C.M. &  Lopes, O.U. (Doc. 64)

Resumo: Os mecanorreceptores cardíacos, pela sua própria  complexidade são de difícil estudo, mas pela mesma razão constituem um campo fascinante. Os receptores ventriculares, em particular, conhecidos há mais de século, continuam sendo uma incógnita que na sua função, quer nas suas vias neurais. No presente trabalho os efeitos da sua Estimulação, foram estudados comparando-se o fluxo sangüíneo em uma pata inervada (PI), e em uma pata desnervada (PD), no mesmo cão. Os receptores cardíacos foram estimulados por injeção de catecolaminas ou por Estimulação de nervos cardíacos. Registrou-se também a pressão arterial, a freqüência cardíaca, a pressão intraventricular e a sua derivada dp/dt. Os seguintes resultados foram observados: 1- injeções de noradrenalina (1-2 ug/kg) aumentam a dp/dt e o fluxo da PI (de 2 a 4 vezes), o fluxo na PD se reduz (25% a 75%). Estes resultados não São afetados por desnervação sino-aórtica (em 6 de 7 experimentos), nem por atropinização. 2- outras catecolaminas, como a dobutamina, produzem o mesmo efeito, embora a redução de fluxo na PD seja menor. 3- o isoproterenol, que produz mais taquicardia do que aumento na dp/dt, não causa aumento de fluxo. 4- o mesmo fenômeno foi observado com o emprego de um marca-passo externo, aumento de freqüência, sem aumento de fluxo. 5- observou-se, ainda com a Estimulação de nervos cardíacos, aumento de dp/dt acompanhando-se de aumento de fluxo. Os resultados com catecolaminas só eram obtidos com injeções intravenosas, intracardíacas ou intra-bulbo aórticas. Em qualquer outra posição da aorta ou de seus ramos não se obteve efeito ou então se obteve vasoconstrição. Os primeiros resultados parecem indicar que o conjunto coração bulbo aórtico, tem um papel preponderante de origem reflexa para produzir um efeito vasodilatador que reduz a pós-carga, e que pela sua rapidez de resposta é capaz de operar mesmo batimento a batimento.

 

  1. XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Fisiologia, realizado em São Lourenço, de 17 a 20 de abril de 1983. (Doc. 65)

Apresentação de Trabalho:

  1. A Estimulação de Mecanorreceptores Cardíacos reduz reflexamente a pós-carga, Amato, M.C.M. &  Lopes, O.U. (Doc. 66) – Resumo apresentado no item anterior

 

  1. XXXIX Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, patrocinado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Salvador, de 16 a 20 de outubro de 1983. (Doc. 67)
Apresentação de Trabalho
  1. Rotura de corda tendínea. Análise de 20 casos submetidos à cirurgia. Amato, M.C.M.; Grinberg, M.; Mansur, A.J.; Stolf, N.A.G.; Marcial, M.B.; Verginelli, G. & Pileggi, F. (Doc. 68)

Resumo: Foram observados no período de maio de 1979 a dezembro de 1982, 20 casos de rotura de corda tendínea (RCT) comprovada cirurgicamente, sendo 11 (55%) pacientes do sexo masculino e a idade média 32 anos. A RCT ocorreu na valva mitral (Grupo I) em 17 (85%) casos e na valva tricúspide (Grupo II) em 3 (15%) casos. Os pacientes encontravam-se em CF III ou IV; 15 (75%) em ritmo sinusal e 5 (25%) em fibrilação atrial. No Grupo I os diagnósticos cardiológicos eram: prolapso de valva mitral (PVM) (4 casos), em um dos quais associado a insuficiência coronariana; lesão mitro-aórtica-tricuspidea (3 casos) e lesão mitro-tricuspidea (2 casos). As causas de RCT foram degeneração mixomatosa em 3 casos de PVMi, endocardite infecciosa (EI) em 11 e indeterminada em 2. No Grupo II os diagnósticos cardiológicos básicos eram: CIV + PCA + ITric em 1 e não havia evidência de cardiopatia prévia em 2. A causa da RCT foi EI nos 3 casos. A indicação cirúrgica foi ins.cardíaca em 17 (85%) casos, falha de tratamento etiológico de EI em 2 e fenômeno embólico por EI em 1 caso. A localização da RCT no Grupo I foi nos casos de PVMi na cúspide anterior (1 caso) e em ambas as cúspides (3 casos); nos valvopatas mitro-aórticos a RCT ocorreu na cúspide anterior (7 casos) e posterior (1 caso) e em ambas as cúspides (3 casos) e naqueles mitrotricuspideos na cúspide anterior (1 caso) e posterior (1 caso). No Grupo II todos apresentaram RCT na cúspide anterior. A conduta operatória consistiu em implante de prótese biológica em 18 casos e plastia em 2. Não houve óbitos. A evolução pós-operatória tardia em 11 pacientes, por tempo médio de 10 meses, revela 8 em CF I, recorrência de EI em 2 e deiscência de sutura de prótese em 1 caso.

 

  1. XL Congresso da Sociedade de Cardiologia, realizado em  São Paulo, de 23 a 27 de setembro de 1984. (Doc. 76)

Apresentação de Trabalhos

  1. Efeito da contratilidade cardíaca na pós-carga, Amato, M.C.M. & Lopes, O.U. (Doc. 77)

Resumo: Os mecanorreceptores ventriculares conhecidos há mais de século, continuam sendo uma incógnita quer na sua função, quer nas suas vias neurais. No presente trabalho estudamos a ação da contratilidade cardíaca sobre os mecanorreceptores ventriculares e, seu efeito na resistência periférica, comparando-se o fluxo sangüíneo em uma pata inervada (PI) e, em uma pata desnervada (PD), no mesmo cão. O aumento da contratilidade cardíaca foi obtido por injeção de catecolaminas ou por estimulação de nervos cardíacos. Registrou-se também a pressão arterial, a freqüência cardíaca, a pressão intraventricular e a sua derivada dp/dt. Os seguintes resultados foram observados: 1- injeções de noradrenalina (1-2 hg/kg) aumentam a dp/dt e o fluxo na PI (de 2 a 3 vezes), o fluxo na PD se reduz (25% a 75%). Estes resultados não são afetados por desnervação sino-aórtica (em 6 de 7 experimentos), nem por atropinização. 2- outras catecolaminas, como a dobutamina, produzem o mesmo efeito, embora a redução de fluxo na PD seja menor. 3- o isoproterenol, que produz mais taquicardia do que aumento na dp/dt, não causa aumento de fluxo. 4- o mesmo fenômeno foi observado com o emprego de um marca passo externo, aumento de freqüência, sem aumento de fluxo. 5- observou-se, ainda com a estimulação de nervos cardíacos, aumento de dp/dt acompanhando-se de aumento de fluxo. Os resultados com catecolaminas só eram obtidos com injeções intravenosas, intracardíacas ou intra-bulbo aórticas. Em qualquer outra posição da aorta ou de seus ramos não se obteve efeito ou então não se obteve vasoconstrição. Os primeiros resultados parecem indicar que o conjunto coração-bulbo aórtico, tem um papel preponderante de origem reflexa para produzir um efeito vasodilatador que reduz a pós-carga, e que pela sua rapidez de resposta é capaz de operar mesmo batimento a batimento.

 

  1. Evolução dos graus III e IV de capacidade funcional (CF) após implante de bioprótese de pericárdio bovino, Amato, M.C.M.; Rossi, E.; Grinberg, M.; Mansur, A.J.; Bellotti, G.; Pomerantzeff, P.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. & Pileggi, F. (Doc. 78)

Resumo: 179 pacientes em graus III e IV de CF foram submetidos a 121 (67%) implantes de PB em posição mitral, a 46 (25%) em posição aórtica e a 12 (7%) em posições mitral e aórtica. A idade variou de 6 a 78 (média 43) anos, com prevalência (64%) do sexo masculino. 133 (70%) pacientes tinham valva natural (mitral – 92, aórtica – 32, mitro-aórtica – 11), 18 dos quais previamente submetidos à comissurotomia mitral. Dos 46 (30%) submetidos à substituição de prótese, 32 tinham valva de dura-máter rota (21 em posição mitral, 11 em posição aórtica), 6 estenose e calcificação da valva de dura-máter, havendo 12 casos de anomalia em prótese metálica. Em 48 (27%) casos houve procedimento associado. A mortalidade operatória foi de 27 (15%) casos (implante mitral: 18, aórtica: 7, mitro-aórtica: 2), em 17 dos quais devido à síndrome de baixo débito. 122 (80%) dos sobreviventes (implante mitral: 75, aórtico: 37, mitro-aórtico: 10) foram acompanhados por período de 26 meses. PB em posição aórtica estavam normofuncionantes em 100% dos casos por ocasião da última consulta e 8 (11%) PB em mitral evidenciavam sinais de disfunção (insuficiência: 5, estenose: 3). Não se constatou fenômeno embólico. 91 (75%) pacientes reverteram a CFI (70% dos implantes em mitral, 86% dos aórticos, 56% dos intra-aórticos) e 16 (13%) a CF II (9% dos em mitral, 14% dos aórticos e 44% dos mitro-aórticos). 15 (12%) com PB em mitral permaneceram em CF III/IV. Houve 11 óbitos tardios, 9 dos quais correspondendo à CF III/IV. Conclui-se que a PB implantada em portadores de valvopatia em CF III/IV associou-se a percentual expressivo de reversão a CF I/II.

 

  1. Ruptura do tecido em bioprótese com anel flexível de polipropileno, Schiantarelli, J.J.U.; Pomerantzeff, P.M.A.; Pieracciani, G.; Puig, L.B.; Amato, M.C.M.; Rossi, E.; Grinberg, M.; Pileggi, F.; Verginelli, G. (Doc. 80)

Resumo: Devido às complicações (rupturas) ocorridas com a válvula de dura-máter montada em anel rígido, foi introduzido em 1978 no InCor o anel flexível de polipropileno com o objetivo de reduzir a tensão sobre o tecido. Os autores analisam os resultados tardios do implante de 197 biopróteses de dura-máter de anel flexível implantadas em 180 pacientes dos quais 115 (63,54%) tiveram seguimento tardio. A mortalidade hospitalar foi de 15% e a tardia de 7,8% sendo a causa principal dos óbitos a insuficiência miocárdica. Chama a atenção o fato de terem ocorrido 13 casos de rupturas com o tempo médico de evolução de 20 meses sendo 6 aórticos, 4 mitrais e 3 mitro-aórticos (ambas as biopróteses rotas). Noventa e sete pacientes eram do sexo masculino sendo que a idade variou de 10 a 71 anos e o tempo de seguimento de 27 a 75 meses. Foram realizadas 102 trocas mitrais, 50 aórticas, 23 duplas trocas mitro aórticas (4 com dura-máter de anel rígido em posição mitral e 2 com prótese de Starr-Edwards em posição aórtica); 1 dupla troca mitro-tricuspidea, 2 trocas tricuspideas, 1 tripla troca mitro-aórtica tricuspidea e 1 troca de pulmonar. Vinte e um pacientes foram reoperados sendo 13 devido a rup­tura de tecido, 4 com problemas decorrentes de falha de confecção (1,5 meses de evolução média) 1 por escape paravalvar em posição mitral (29 meses de evolução) em paciente portador de insuficiência aórtica, 1 caso de endocardite bacteriana em ambas as próteses em paciente portador de insuficiência aórtica, 1 caso de endocardite bacteriana em ambas as próteses em paciente mitro-aórtico após 3 meses do implante e 2 casos de calcificação sendo 1 mitral (após 30 meses) e 1 aórtico (após 27 meses). A análise mostra que o anel flexível não foi suficiente para minimizar os problemas de ruptura do tecido utilizado.

 

  1. XLI Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em Porto Alegre, de 29 de setembro a 3 de outubro de 1985. (Doc. 86)

Apresentação de Trabalhos

  1. Estudos clínicos de 33 pacientes com prótese de Starr-Edwards há 15 anos, Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.M.A.; Elias, N.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Jatene, A.D.; Pileggi, F. (Doc. 86 e 88)

Resumo: Estudaram-se 33 pacientes com prótese de Starr-Edwards com média superior a 15 anos (11 a 20 anos) de evolução clínica. 19 eram do sexo feminino sendo 14 em posição mitral, 18 em aórtica e 1 em tricúspide, cujas idades situavam-se entre 18 e 56 anos, na operação 90% apresentavam história de DR e, 7 haviam sido submetidos a cirurgia prévia. 21 pacientes foram submetidos somente à troca valvar e em 6 foi associada comissurotomia mitral. 27 pacientes usaram anticoagulante regularmente, controlando adequadamente o tempo de protombina e 9 destes apresentaram episódios embólicos. Dos 6 casos que não usaram anticoagulante ou o fizeram irregularmente, 3 apresentaram embolia. Dos 12 episódios embólicos 8 (66%) ocorreram até 2 anos após a cirurgia e 4 (33%) mais tardia­mente 7 se relacionaram com a posição mitral 5 com a posição aórtica. Houve 2 óbitos tardios com 11 e 15 anos de evolução por ICC e, no pós-operatório imediato para troca de bola e substituição da valva mitral por bioprótese, houve um óbito por BCP, houve 2 casos de substituição da prótese após 15 e 17 anos, devido a trombose. Dos 29 pacientes restantes, por ocasião da última consulta encontravam-se 13 em fibrilação atrial, 16 em ritmo sinusal. Área cardíaca normal em 1 caso com aumento discreto em 15, moderado em 11 e acentuado em 2. O estudo fenomecanocardiográfico e ecocardiográfico mostrou prótese normofuncionante em 100% dos casos analisados. Atualmente 16 pacientes estão em CF I e 13 em CF II integrados na vida.

  1. Avaliação tardia de 60 pacientes com prótese mecânica no InCor (FMUSP) no período de 1979-1984, Abreu, M.C.S.; Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Tarasoultchi, F.; Grinberg, M.; Dias, A.R.; Stolf, N.A.G.; Bittencourt, D.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 88)

Resumo: No período de janeiro de 1979 a dezembro de 1984 foram implantadas 60 próteses mecânicas do InCor. Foi realizado um estudo retrospectivo destes pacientes, com especial atenção às complicações tromboembólicas. Dos 60 pacientes, 38 eram masculinos (63,3%) e 22 do sexo feminino (36,6%) com idade entre 14 e 72 anos (média 41,7 anos). A indicação cirúrgica principal foi a LAo em 35 pacientes (58,3%) sendo que 26 (43,3%) possuíam prótese de DM insuficiente, EAo 11 pacientes (18,33%), DLAo pacientes (15%) endocardite 3 pacientes (3,33%). Nesta amostra 20 pacientes (33,33%) eram reumáticos e 38 pacientes (63,33%) possuíam outras doenças associadas. As próteses empregadas foram Starr-Edwards (24 pacientes) (39,99%). Omnisciente (18 pacientes 30%) Sorin (10 pacientes – 16,66%) Lillehei-Kaster (6 pacientes – 10%) Macchi-Jatene (1 paciente – 1,66%) e Hall-Kaster (1 pacientes – 1,66%). Foram implantadas em posição aórtica (58 pacientes – 96,66%) e mitral (2 pacientes – 3,33%). Trinta e cinco pacientes (58,33%) tiveram procedimentos cirúrgicos associados. A retroca foi realizada em 34 pacientes (56,66%) sendo aórtica (25 pacientes – 41,66%), mitral (5 pacientes – 8,33%). Em onze pacientes (18,33%) foi realizado procedimento cirúrgico em mais de uma valva. A mortalidade hospitalar foi de 8,33% e a tardia de 1,66%. Quarenta e oito pacientes (80%) foram acompanhados ambulatorialmente; 43 pacientes (anticoagulados regularmente – 71,66%) e 4 pacientes (6,66%) em uso regular. As complicações tromboembólicas ocorrem em apenas 2 pacientes (3,33%). Quarenta e nove pacientes (81,66%) foram internados em CF (III e IV) e 44 (91,66%) evoluíram em classe funcional I e II. O tempo médio de seguimento de 28 meses. Fez-se que as próteses mecânicas implantadas neste período em pacientes anticoagulados mostram excelentes resultados.

 

  1. Reestenose mitral, Elias, N.; Lavitola, P.; Amato, M.C.M.; Tarasoutchi, F.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Jatene, A.D.; Pileggi, F. (Doc. 87 e 88)

Resumo: Foram estudados 20 pacientes, com reestenose mitral, na idade média de 45 anos (30-60) e 90% (18 casos) do sexo feminino. Todos submetidos a cateterismo cardíaco. Pelo tipo de evolução foram divididos em dois grupos, de 10 pacientes. Grupo I – Evolução para reestenose na média de 10 anos, (10 pacientes) apresentaram arritmias supraventriculares agudas (fibrilação e taquicardia) com resposta ventricular elevada, levando à falência cardíaca e necessidade de cardioversão por serem rebeldes ao tratamento clínico. Eram oligossintomáticos, enquanto em ritmo sinusal. Os antiarritmicos usados profilaticamente, não evitaram os episódios de arritmias. Dentre os exames complementares foi essencial o cateterismo cardíaco, que evidenciou reestenose mitral não detectada pelos outros exames. O ecocardiograma revelou um diâmetro médio de 55 mm, no átrio esquerdo. Todos foram reoperados. Grupo II – Evolução para reestenose na média de 16 anos. Apresentaram insuficiência cardíaca congestiva com evolução lenta e fibrilação atrial crônica e descompensação cardíaca tardia. Eram controlados pela medicação clínica habitual. O ecocardiograma revelou o átrio esquerdo com diâmetro de 65 mm. O estudo hemodinâmico mostrou reestenose mitral importante. 1 dos pacientes não foi operado sendo controlado clinicamente. Conclusão: há nítida relação de evolução com o tamanho do átrio esquerdo. Os que possuem átrio esquerdo com menor diâmetro, apresentam arritmias severas e com necessidade de intervenção mais precoce, enquanto que aqueles maiores tem insuficiência cardíaca progressiva, lenta, e a intervenção se faz mais tardiamente.

 

  1. Quilopericárdio, uma complicação após substituição da valva mitral, Tarasoultchi, F.; Pouza, G.L.; Grinberg, M.; Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Bellotti, G.; Verginelli, G.; Pileggi, F.; Jatene, A.D. (Doc. 88)

Resumo: Paciente de 62 anos de idade submetida a implante de bioprótese porcina em posição mitral devido a estenose mitral calcificada e boa evolução pós-operatória imediata. Apresentou tamponamento cardíaco no 30º dia da operação submetida a pericardiocentese, procedeu-se à saída de 1170 ml de líquido amarelo, leitoso e alívio rápido dos sintomas. Após quatro dias houve recorrência do tamponamento cardíaco. Realizou-se pericardiostomia com colocação de dreno tubular ao nível do terço inferior da incisão médio – esternal e o exame do líquido foi compatível com quilopericárdio. A paciente passou a receber dieta à base de triglicérides de cadeia média, com a qual verificou-se queda progressiva do débito da drenagem pericárdia, tendo sido o dreno torácico retirado após 35 dias. A paciente recebeu alta hospitalar assintomática. Este caso corresponde ao primeiro descrito de quilopericárdio isolado subseqüente a substituição da valva mitral.

 

  1. Anuloplastia de De Vega na correção da insuficiência tricúspide. Análise de 60 casos, Santos, G.G.; Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Moretti, M.A.; Mathias, S.C.; Grinberg, M.; Stolf, N.A.G.; Moreira, L.F.P.; Credidio Netto, L.; Dias, A.R.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 88)

Resumo: Sessenta pacientes com insuficiência tricúspide associada a outras lesões, valvares ou não, foram submetidos a anuloplastia de De Vega, no InCor (FMUSP), no período de janeiro de 1980 a dezembro de 1984. Havia lesão de valva mitral em 46 pacientes, lesão da valva mitral associada a CIA em 1, a CIV em 1 e a endomiocardiofibrose em dois pacientes. Dois pacientes tinham comunicação inter-atrial. Foi realizada troca de valva mitral em 40 pacientes, associada a outros procedimentos em quatro; retroca de prótese mitral em 4 pacientes; comissurotomia mitral em 8 e plastia da valva mitral em 1 paciente; troca da valva aórtica em 1 e dupla troca mitro-aórtica em 3 pacientes; comissurotomia pulmonar em 1 e atrioseptoplastia em dois pacientes. O diagnóstico clínico pré-operatório de insuficiência tricúspide foi feito em todos os pacientes, confirmado por cateterismo cardíaco em 30 (50%) e por ecocardiograma em 25 pacientes (41,6%). Oito (13,3%) pacientes estavam em CF II, 29 (48,3%) em CF III e 23 (31,3%) em CF IV segundo classificação N.Y.H.A. A mortalidade imediata foi de 18,3% (11 pacientes) sendo o baixo débito a principal causa (10%). Foi realizado segmento ambulatorial em 47 dos 49 pacientes sobreviventes de 6 meses a 5 anos. A mortalidade tardia foi de 5% (3 pacientes). Insuficiência da valva tricúspide foi diagnosticada clinicamente em 5 pacientes (10,2%) após seis meses (2), um ano (2) e quatro anos (1) da operação. Concluímos que pela simplicidade, eficácia e durabilidade a anuloplastia de De Vega pode ser usada com segurança para a correção da insuficiência tricúspide secundária.

 

  1. Evolução tardia das biopróteses de pericárdio bovino InCor de alto e baixo perfil, Mathias, S.C.; Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Grinberg, M.; Moretti, M.A.; Tarastouchi, F.; Mansur, A.; Stolf, N.A.G.; Dias, A.R.; Nakiri, K.; Pileggi, F.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 88)

Resumo: No período de janeiro de 1982 a dezembro de 1983 foram implantadas 290 biopróteses de pericárdio bovino de alto perfil em 248 pacientes (Grupo I), e no período de março de 1983 a maio de 1985 foram implantadas 118 biopróteses de pericárdio bovino de baixo perfil em 104 pacientes (Grupo II), sendo o pericárdio fixado em glutaraldeído 0,56% e conservado em formaldeído 4%. O nosso trabalho analisa a evolução destes pacientes comparando as biopróteses de alto e baixo perfil. No Grupo I, 143 pacientes (54%) eram do sexo masculino. A faixa etária foi de 9 a 74 com média de 42 anos, sendo 124 (50%) trocas de valva mitral, 105 (42,3%) aórticas, 16 (6,45%) mitro-aórticas, 5 (2,0%) mitro-tricúspides, 2 (0,8%) tricúspides e 1 (0,4%) pulmonares. Neste grupo 18% dos pacientes foram operados devido à ruptura de biopróteses. A mortalidade imediata foi de 24 (9,6%) pacientes, sendo a causa principal baixo débito, freqüentemente associado a obstrução de via de saída da necrópsia de mitrais. Como complicações das próteses foram constatados 2 casos de ruptura da prótese com 24 e 26 meses de evolução e 1 caso de endocardite após 1 ano. 95% estavam em classe funcional I e II (N.Y.H.A.) após acompanhamento médio de 30 meses. No grupo II houve prevalência do sexo masculino, 63 pacientes (60%), a idade média foi de 38 anos. Foram realizadas 54 trocas mitrais (51%), 33 aórticas (31,7%) e 15 mitro-aórticas (14,4%). Neste grupo 9% foram operados devido a ruptura de bioprótese de dura-máter. A mortalidade imediata foi de 8 pacientes (7,6%) e 2 casos foram retrocados por defeito de confecção. Com 8 meses de evolução média 90% dos pacientes se encontram em classe funcional I e II. Concluímos que os dois grupos de pacientes apresentaram evolução satisfatória observando-se que ocorreu a obstrução de via de saída do grupo I.

 

  1. Experiência com plástica de valva mitral, Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Stolf, N.A.G.; Marcial, M.B.; Grinberg, M.; Pileggi, F.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 85 e 88)

Resumo: No período de fevereiro de 1981 a abril de 1985, 50 pacientes foram submetidos à plástica de valva mitral no InCor (FMUSP) por encontrarem-se em classe funcional III e IV (N.Y.H.A.). A faixa etária foi de 1 a 73 com média de 55 anos. Houve predominância do sexo feminino em 32 pacientes (64%). O diagnóstico foi de insuficiência mitral pura em 30 casos sendo que em 20 destes haviam lesões associadas: 6 aórticas, 7 tricúspides, 6 defeitos congênitos e 1 insuficiência coronária. O diagnóstico de dupla lesão mitral ocorreu em 20 casos sendo que em 10 houve lesão associada: 7 aórtica, 2 tricúspides e 1 aórtica e tricúspide. Foram realizadas 37 anuloplastias sendo 18 do anel de Puig-Massana, tendo sido realizado em 6 destes casos encurtamento de cordas. Ressecções em trapézio de folheto posterior com plicatura do anel devido à ruptura ou alongamento de cordas, foram realizadas em 11 pacientes. Foi feito 1 caso em que se suturou com 1 ponto o folheto anterior do posterior e outro em que se ampliou o folheto mural com retalho de pericárdio bovino. Na maioria dos casos de dupla lesão mitral foi associada abertura das comissuras e secção dos papilares. Em 18 casos houve cirurgia associada: 7 trocas valvares aórticas, 3 plastias de De Vega em tricúspide, 2 trocas de valva tricúspide, 1 plástica aórtica, 1 revascularização do miocárdio, 2 atrioseptoplastias, 1 correção da coronária anômala, 1 Fontan. A mortalidade imediata foi de 2 pacientes (4%) sendo os 2 óbitos em crianças. O acompanhamento tardio variou de 2 a 49 meses com média de 18, encontrando-se atualmente 95% dos pacientes em classe funcional I (N.Y.H.A.).

 

  1. XLII Congresso Brasileiro de Cardiologia, patrocinado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Belo Horizonte, de 10 a 14 de agosto de 1986. (Doc. 91)
Apresentação de Trabalhos
  1. Implante de prótese porcina. Experiência do InCor, Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Stolf, N.; Jatene, A.D.; Pileggi, F. (Doc. 91)

Resumo: No período de 1983 a dezembro de 1985 foram implantadas 388 próteses porcinas sendo 230 (59%) mitrais e 158 (41%) aórticas (48 pacientes fizeram dupla troca). A idade variou de 1 a 76 anos (x = 38) e 183 (54%) eram do sexo masculino. 84 (24%) já haviam sido submetidos a cirurgia cardíaca prévia. As lesões valvulares encontradas foram: insuficiência aórtica 67 (18%), estenose aórtica 43 (12%), dupla lesão aórtica 34 (18%), dupla lesão mitral 44 (12%), insuficiência mitral 37 (1%), estenose mitral 24 (25%), mitro-aórticas 48 (15%) e disfunção de prótese 73 (21%). Endocardite infecciosa foi a indicação em 15 (4%) pacientes. 72 (21%) pacientes foram submetidos a procedimentos associados: revascularização do miocárdio 21 (28%), plástica de De Vega 24 (34%), comissurotomia ou plástica mitral 16 (23%), comissurotomia ou plástica aórtica 4 (6%), correção de cardiopatia congênita em 7 (9%). A mortalidade hospitalar foi de 19 (5,5%) pacientes. A causa de óbito foi sangramento 8 (42%), baixo débito 4 (21%) e arritmia 2 (10%) e outras. No pós-operatório imediato 87 (25%) pacientes tiveram complicações: sangramento 31 (35%), baixo débito 12 (13%), arritmia 9 (10%) e outros. 214 (66%) dos sobreviventes foram acompanhados por período de 4 meses e 3 anos (x = 2 a 1). O estudo ecocardiográfico de 199 (93%) dos pacientes e 16 (20%) dos aórticos, estando 190 (95,5%) em CF I/II, 6 (3%) em CF III e 3 (1,5%) com disfunção da prótese, os restantes 15 (7%) estavam em CF I/II.

 

  1. Distúrbio de condução conseqüente e variação posicional. Relato de 1 caso, Altier, A.C.Q.; Amato, M.C.M.; Elias, N.; Gruppi, C.; Moffa, P.J. (Doc. 91)

Resumo: Paciente branca com 33 anos de idade após parto normal apresentou insuficiência cardíaca. Feito diagnóstico de miocardiopatia chagásica e observado ao eletrocardiograma mudança de ritmo conforme a posição que a paciente ficava, comprovada pelo Holter que mostrou alteração eletrocardiográfica com mudança de padrão relacionada a modificação de decúbito a esforço físico. Ao exame radiológico apresentava cardiomegalia +++. Ao ecocardiograma apresentava trombo no ventrículo esquerdo e fração de ejeção muito baixa. Ao estudo hemodinâmico apresentava coronárias normais, trombo solto no ventrículo esquerdo, pd2 de ventrículo esquerdo elevada e hipocontratilidade difusa. Discute-se a eletrogênise desse distúrbio de condução em base de grave anormalidade de condução já em decúbito dorsal, influência de eventual deslocamento de trombo no ventrículo esquerdo e/ou modificação no campo elétrico conseqüente a grande cardiomegalia.

 

  1. Análise das próteses mecânicas no InCor no período de 1979 a 1984, Abreu, M.C.S.; Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Tarasoultchi, F.; Grinberg, M.; Dias, A.R.; Stolf, N.A.C.; Mansur, A.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 91)

Resumo: No período de 1979 a 1984 apenas 60 pacientes foram submetidos a implante de próteses mecânicas. Houve predominância do sexo masculino (63,3%), sendo a média de idade de 41,7 anos (variando entre 14 e 72 anos). Foram implantadas 58 próteses em posição aórtica e 2 em posição mitral. Entre os aórticos a principal indicação foi a disfunção em bioprótese de dura-máter (26 pacientes), seguindo-se estenose valvar calcificada (11 pacientes), dupla lesão aórtica (9 pacientes) e endocardite infecciosa aguda (3 pacientes). Nos 2 pacientes submetidos a troca de valva mitral a causa foi disfunção em bioprótese de dura-máter. As próteses utilizadas: Starr-Edwards (24 pacientes), Omnisciente (18 pacientes), Sorin (10 pacientes), Lillehey-Kaster (6 pacientes), Macchi-Jatene (1 paciente), Hall-Kaster (1 paciente). A mortalidade hospitalar foi de 8,33% e a tardia de 1,66%. Em nenhum dos casos a causa mortis estava relacionada com a prótese. O tempo médio de seguimento foi de 28 meses e compareceram 44 pacientes ao ambulatório em Classe Funcional I e II (N.Y.H.A.). Consideramos os resultados satisfatórios quanto às complicações tromboembólicas (5,33%) e as complicações advindas do uso de anticoagulantes (3,33%). O objetivo deste trabalho é demonstrar a experiência no InCor com o uso de próteses mecânicas, analisando as principais complicações imediatas e tardias, e os critérios de indicação das substituições valvares, num grupo de alto risco cirúrgico (81,66%) entre Classe Funcional III e IV).

 

  1. Bioprótese de pericárdio bovino (BPB). Experiência do InCor, Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Moretti, M.; Stolf, N.A.G.; Dias, A.R.; Auler Jr., J.O.C.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Pileggi, F.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 91)

Resumo: No período de janeiro de 1982 a dezembro de 1985 foram implantadas 481 BPB, 259 em posição mitral e 222 em aórtica, sendo que a primeira fase (1982-1983) foi utilizada a BPB de alto perfil em 248 pacientes (290 biopróteses) e na segunda fase 191 BPB de baixo perfil. A idade variou entre 9 e 74 anos (média = 42) sendo 238 (56%) do sexo masculino 63 (15%) correspondiam a reoperação. As lesões valvares encontradas foram estenose mitral 65 (13%), insuficiência mitral 71 (15%), dupla lesão mitral 62 (13%), estenose aórtica 52 (11%), insuficiência aórtica 82 (17%), dupla lesão aórtica 42 (9%), mitro-aórtica 37 (7%) e disfunção de prótese em 63 (15%). Endocardite infecciosa foi a indicação em 12 (3%) pacientes, 72 (17%) foram submetidos a procedimentos cirúrgicos associados: revascularização do miocárdio 21 (30%), plástica de De Vega 19 (27%), comissurotomia ou plástica mitral 7 (10%), correção de cardiopatia congênita em 5 (8%). A mortalidade hospitalar foi de 22 (5,2%). No pós-operatório imediato 106 (25%) tiveram complicações: sangramento 30 (29%), baixo débito 18 (17%), arritmia 4 (19%). Duzentos e sessenta e sete (63%) dos sobreviventes foram acompanhados por período de 6 meses a 4 anos (x = 2 e 5 m) evoluindo para Classe Funcional I e II em 230 (86,3%), Classe Funcional III em 5 (2%). Disfunção de prótese ocorreu em 32 (11,7%) sendo 15 (50%) em posição mitral. Dos óbitos relacionados com a BPB de alto perfil 8 pacientes apresentaram obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo constatado ao exame anátomo-patológico. Em Conclusão: os resultados da utilização da BPB especialmente de baixo perfil foram bastante satisfatórios.

 

  1. Estudo ecocardiográfico doppler de próteses metálicas em posição aórtica sem disfunção clínica, Lages, F.A.R.; Amato, M.C.M.; Azevedo, J.G.; Thevenard, R.S.; Medeiros, C.C.J.; Albuquerque, A.M.T.; Peragallo, G.C.; Martins, T.C.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Moraes, A.V.; Pileggi, F. (Doc. 91)

Resumo: Os autores realizam a Correlação entre a ecocardiografia doppler (ED) e os dados clínicos em 15 pacientes (pt) portadores de prótese metálica em posição aórtica (9 com prótese de Starr-Edwards de bola e 6 com prótese de disco pivotante). O tempo pós-operatório variou de 3 meses a 20 anos. Do ponto de vista clínico 12 estão em CF I, 2 em CF II e 1 em CF III. A ausculta cardíaca mostrou sopro sistólico ejetivo em 9 e os ruídos normais das próteses. Não houve evidência de disfunção em nenhum dos casos. A ED apresenta como sinais de insuficiência de prótese fluxo diastólico FD turbulento na via de saída do VE e FD positivo na aorta descendente. Três pacientes (20%) apresentaram anormalidades à ED: 1 com movimento anormal do elemento móvel da prótese ao eco unidimensional e FD na via de saída do VE e FD positivo na aorta; 1 com FD na via de saída do VE e um com FD positivo na aorta sem FD na via de saída do VE. Este último apresentava ainda importante dilatação da crossa e aorta ascendente. Em vista destes resultados, embora com número pequeno de casos, os autores concluem que a análise da insuficiência das próteses metálicas pela ED, deva ser realizada com criteriosa Correlação com dados clínicos.

 

  1. XIV Congresso Nacional de Cirurgia Cardíaca, patrocinado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, realizado em Salvador, de 27 a 28 de março de 1987. (Doc. 93)

Apresentação de Trabalho

 

  1. Retroca valvular, Abreu, M.C.S.; Pomerantzeff, P.M.A., Moretti, M.; Grimberg, M; Auler Jr., J.O.C.; Amato, M.C.M.; Tarasoutchi, F.; Stolf, N.A.G.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 93)

Resumo: A reoperação de prótese valvulares tem sido realizada com freqüência cada vez maior nos meios dos Serviços de Cirurgia Cardíaca. Os detalhes do tratamento, a indicação e a técnica operatória melhoraram os resultados. No período de janeiro de 1984 a junho de 1986 foram submetidas à retroca valvular 145 pacientes, num total de 157 próteses, e 4 trocas da bola de válvula de Starr-Edwards. Em posição mitral 6 pacientes foram submetidos a terceira troca valvular, sem óbito, em posição aórtica 9 pacientes foram submetidos a terceira troca valvular, sem um óbito imediato. A insuficiência valvular e a calcificação do tecido biológico de duramáter, foram as maiores causas de indicação em nossos casos. Quarenta e um pacientes apresentavam roturas e 19 pacientes calcificação da bioprótese em posição mitral, e em posição aórtica 32 pacientes tinham rotura, e 12 calcificação de bioprótese. Quanto à nova prótese a ser implantada, foram utilizadas principalmente as biopróteses, sendo 63 porcinas e 35 de pericárdio bovino. A mortalidade imediata global foi de 8,3% (12 pacientes) sendo a principal causa o baixo débito cardíaco. As principais complicações imediatas foram: baixo débito, arritmias e sangramento. Noventa por cento dos pacientes encontravam-se em classe funcional III e IV no pré-operatório, evoluindo para classe funcional I e II, 89%  dos aórticos e 82%  dos mitrais. A curva actuarial de sobrevida em cinco semestres foi para os mitrais de 85,7% e para os aórticos de 91,3%. Os autores concluem que, com os cuidados de técnica, proteção miocárdica e prótese utilizada, foram observados resultados bastante satisfatórios no presente estudo.

 

  1. VIII Congresso Paulista de Cardiologia, patrocinado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado em São José do Rio Preto, de 14 a 16 de junho de 1987. (Doc. 97)

Apresentação de Trabalho

  1. Avaliação da estenose aórtica, Amato, M.C.M.; Araruna Jr., H.M.; Grinberg, M.; Alfieri, R.G.; Medeiros, C.; Bellotti, G.; Pileggi, F. (Doc. 97)

Resumo: Foram estudados 22 portadores de estenose aórtica isolada. 12 (55%) eram do sexo masculino e as idades variavam de 18 a 70 anos (x = 44). Constituiram-se 2 grupos conforme o resultado do teste de esforço. Grupo A: 14 (64%) compreendia os pacientes que apresentavam sintomas (dor precordial, lipotimia ou cansaço) ou alteração morfológica durante o exame o o Grupo B: 8 (36%) os pacientes sem alterações. O Grupo A apresentou: 1- eletrocardiograma com ritmo sinusal em 14 (100%), sobrecarga ventricular esquerda em 9 (64%) e alteração da repolarização ventricular em 6 (43%); 2- ecocardiograma bidimensional com fração de ejeção normal em 13 (93%) e relação volume/massa normal em 11 (79%); 3- estudo hemodinâmico com gradiente de pressão transvalvar > 70 mmHg em 4 (29%) e coronárias normais em 100% dos pacientes. O Grupo B apresentou: 1- eletrocardiograma com ritmo sinusal em 8 (100%), sobrecarga ventricular esquerda em 3 (38%) e alteração da repolarização ventricular em 2 (25%); 2- ecocardiograma bidimensional com fração de ejeção normal em 8 (100%) e relação volume/massa normal em 6 (75%); 3- estudo hemodinâmico com gradiente de pressão > que 70 mmHg em 3 (38%) e coronárias normais em 100% dos pacientes. Este trabalho é uma tentativa de estabelecer o estágio da evolução natural da estenose aórtica em que se encontra o paciente facilitando a orientação quanto a liberação da atividade física e a melhor oportunidade para o tratamento cirúrgico.

 

  1. XLIII Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Brasília, de 27 de setembro a 1º de outubro de 1987. (Doc. 99)

Apresentação de Trabalhos

  1. Estenose aórtica. Avaliação não-invasiva, Amato, M.C.M.; Lavitola, P.L.; Grinberg, M.; Alfieri, R.G.; Medeiros, C.; Bellotti, G.; Pileggi, F. (Doc. 99)

Resumo: Foram estudados 22 portadores de estenose aórtica isolada. 12 (55%) eram do sexo masculino e as idades variavam de 18 a 70 anos (x = 44). Constituiram-se 2 grupos conforme o resultado do teste de esforço: Grupo A: 14 (64%) compreendia os pacientes que apresentavam sintomas (dor precordial, lipotimia ou cansaço) ou alteração morfológica durante o exame e Grupo B: 8 (36%) pacientes sem alterações. O grupo A apresentou: 1- eletrocardiograma com ritmo sinusal em 14 (100%), sobrecarga ventricular em 6 (43%); 2- ecocardiograma bidimensional com fração de ejeção normal em 13 (93%) e relação volume/massa normal em 11 (79%); 3- estudo hemodinâmico com gradiente de pressão transvalvar > 70 mmHg em 4 (29%) e coronárias normais em 100% dos pacientes. O Grupo B apresentou: 1- eletrocardiograma com ritmo sinusal em 8 (100%), sobrecarga ventricular esquerda em 3 (38%) e alteração da repolarização ventricular em 2 (25%); 2- ecocardiograma bidimensional com fração de ejeção normal em 8 (100%) e relação volume/massa normal em 6 (75%); 3- estudo hemodinâmico com gradiente de pressão > que 70 mmHg em 3 (38%) e coronárias normais em 100% dos pacientes. Este trabalho é uma tentativa de estabelecer o estágio da evolução natural da estenose aórtica em que se encontra o paciente facilitando a orientação quanto à liberação da atividade física e melhor oportunidade para o tratamento cirúrgico.

 

  1. Plástica de valva mitral (PVM). Experiência do InCor, Pomerantzeff, P.M.A.; Stolf, N.A.G.; Amato, M.C.M.; Moretti, M.; Grinberg, M.; Moraes, A.V.; Camarano, G.; Auler Jr., J.O.C.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 99)

Resumo: Foram estudados 83 pacientes submetidos à PVM no período de janeiro de 1981 à dezembro de 1986 sendo 45 (54,2%) do sexo feminino, de idade entre 1 e 73 anos (média 29,5). O diagnóstico foi de insuficiência mitral em 45 casos e de dupla lesão em 38, sendo que 44 pacientes encontravam-se em Classe Funcional (CF) IV (N.Y.H.A.), 36 em CF III e 3 em CF II. Foram realizadas 60 anuloplastias, sendo 27 com anel de Carpentier, 20 do anel posterior com pontos ancorados em tira de teflon ou pericárdio, 9 anuloplastias de Kay, 1 com anel de Puig-Massana e 3 anuloplastias do anel posterior com pontos separados de duplo U em oposição apoiados em fragmentos de teflon. Ressecções em trapézio da cúspide posterior foram realizadas em 19 pacientes sendo 1 associado à ressecção em cunha de cúspide anterior. Em um caso foi realizada duplicação do orifício mitral, em 1 ampliação da cúspide posterior com retalho de pericárdio bovino, em 1 sutura de fenda da cúspide posterior associado à ressecção em cunha anterior e 1 caso de plicatura sem Ressecções da cúspide anterior. Em 11 pacientes foi também realizado encurtamento de cordas tendíneas. Na maioria dos casos de dupla lesão mitral foi associada abertura das comissuras e papilarotomia. Os 38 pacientes foram realizados procedimentos cirúrgicos associados predominando a substituição valvar aórtica em 13 pacientes e a plástica de De Vega em valva tricúspide em 9 pacientes. A mortalidade imediata foi de 2 pacientes (2,6%) sendo os 2 óbitos em crianças. A curva actuarial mostra uma sobrevida de 93,1% em 12 semestres sendo que 90% dos pacientes encontram-se em Classe Funcional I e no pós-operatório tardio. Em Conclusão, os pacientes à PVM apresentaram baixa mortalidade operatória e boa evolução tardia.

 

  1. Bioprótese de pericárdio bovino – um lustro de experiência, Grinberg, M.; Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.M.A.; Moretti, M.; Stolf, N.A.G.; Bellotti, G.; Pileggi, F.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 99)

Resumo: No período de janeiro de 1982 a dezembro de 1986, foram implantadas 725 próteses em 637 pacientes: 409 (56%) em posição mitral, 302 (40%) em posição aórtica, 13 (1%) em posição tricúspide e 1 (0,1%) em posição pulmonar. Na primeira fase (1982-1983) foi utilizada pericárdio bovino de alto perfil em 273 (37%) pacientes e na segunda fase baixo perfil. A idade variou de 7 a 79 anos (x = 41), sendo 363 (57%) do sexo masculino. As lesões valvares encontradas foram: estenose mitral 89 (12%), insuficiência mitral em 114 (15%), dupla lesão mitral em 120 (1%), disfunção de prótese mitral em 88 (12%), estenose aórtica em 93 (12%), insuficiência aórtica em 113 (15%), dupla lesão aórtica em 60 (8%), disfunção de prótese aórtica em 44 (6%), estenose tricúspide em 1 (0,01%), insuficiência tricúspide em 3 (0,04%). 145 (22%) pacientes foram submetidos a procedimentos cirúrgicos associados: revascularização do miocárdio 23 (15%), De Vega 51 (35%), comissurotomia ou plástica de mitral 31 (21%), comissurotomia ou plástica aórtica 17 (11%), correção de cardiopatia congênita 3 (2%) e outros 23 (16%). A mortalidade hospitalar foi de 44 (7%). No pós-operatório imediato 133 (22%) tiveram complicações: sangramento 38 (28%), baixo débito 22 (16%), arritmia 5 (0,3%) e outros 68 (51%). Dos sobreviventes, 433 (68%) foram acompanhados em nosso ambulatório por período de 4 meses a 5 anos. Foram submetidos regularmente a ecocardiografia para avaliar a integridade valvar. 43 (9%) pacientes apresentaram disfunção valvar sendo necessário a retroca em apenas 14 (4%) casos, estando os demais em CF I. Por ocasião da última consulta 393 (94%) pacientes estavam em CF I-II e os restantes em CF III. Houve um caso de tromboembolismo para membro inferior.

 

  1. XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Belém, de 17 a 22 de setembro de 1988. (Doc. 102)

Apresentação de Trabalhos

  1. Acompanhamento clínico de 70 pacientes com disfunção de prótese biológica, Amato, M.C.M.; Yamada, E.; Camarano, G.P.; Grinberg, M.; Pileggi, F. (Doc. 102)

Resumo: No período de 5 anos fizemos o acompanhamento clínico de 70 pacientes com disfunção de prótese biológica (porcina e pericárdio bovino) correspondente a 5% de 1302 pacientes com próteses implantadas no período de janeiro de 1982 a dezembro de 1987. A idade variou de 17 a 75 anos (média = 60) na posição aórtica e 12 a 57 anos (média = 45) na posição mitral. O diagnóstico de disfunção valvar foi feito clinicamente e comprovado pelo estudo ecocardiográfico acoplado ao Doppler. A disfunção imediata foi observada em 17 pacientes com próteses aórticas (55%) e 8 mitrais (20%), enquanto que a disfunção tardia (em média 30 meses) ocorreu em 31 mitrais (80%) e 23 aórticas (45%). Ao ecocardiograma a calcificação prevaleceu em 82% (32 pacientes) dos mitrais e a degeneração com isuficiência da prótese em 74% (23 pacientes) dos aórticos. O reconhecimento precoce da disfunção da prótese é importante porque iniciado o processo de degeneração ou calcificação, o risco de uma reoperação se torna maior.

 

  1. Experiência do InCor com prótese de pericárdio bovino, Pablo, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Oide, M.I.; Grinberg, M.; Jatene, A.D. (Doc. 103)

Resumo: No período de janeiro de 1982 a dezembro de 1986, foram implantadas 990 próteses em 885 pacientes: 565 (50%) em posição mitral, 410 (41,55) em posição aórtica, 14 (14%) em posição tricúspide e 1 (0,1%) em posição pulmonar. Na primeira fase (1982-1983) foi utilizado pericárdio bovino de alto perfil em 273 (29%) pacientes e na segunda fase baixo perfil. A idade variou de 7 a 79 anos (média = 41), sendo 717 (71%) do sexo masculino. As lesões valvares encontradas foram: estenose mitral 129 (13%), insuficiência mitral 149 (15%), dupla lesão mitral 158 (16%), disfunção de prótese mitral 129 (13%), estenose aórtica 118 (12%), insuficiência aórtica 143 (15%), dupla lesão aórtica 79 (8%), disfunção de prótese aórtica 65 (65%), estenose tricúspide 3 (0,3%), insuficiência tricúspide 11 (1,14%), insuficiência pulmonar 1 (0,1%), 217 (22%) pacientes foram submetidos a procedimentos cirúrgicos associados: revascularização do miocárdio 32 (15%), De Vega 36 (35%), comissurotomia ou plástica de mitral 46 (21%), comissurotomia ou plástica aórtica 23 (11%), correção de cardiopatia congênita 5 (2%) e outros 35 (26%). A mortalidade hospitalar foi de 68 (6,8%). No pós-operatório imediato 198 (20%) tiveram complicações: sangramento 56 (28%), baixo débito 31 (16%), arritmia 9 (4,5%) e outros 102 (51,5%). Dos sobreviventes 636 (69%) foram acompanhados em nosso ambulatório por período de 4 meses a 5 anos. Foram submetidos regularmente a ecocardiografia associada ao Doppler para avaliar a integridade valvar. 69 (7,4%) pacientes apresentaram disfunção valvar sendo necessário a retroca em apenas 20 (3%) casos, estando os demais em CF I. Por ocasião da última consulta 597 (94%) pacientes estavam em CF I-II e os restantes em CF III. Houve um caso de tromboembolismo para membro inferior.

 

  1. Experiência do InCor com prótese porcina, Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.M.A.; Grinberg, M.; Pileggi, F. (Doc. 104)

Resumo: No período de abril de 1982 a dezembro de 1987, foram implantadas 461 próteses porcinas em 417 pacientes, sendo: 258 (56%) em mitral, 185 (40%) em aórtica e 18 (4%) em tricúspide. 44 (9,5%) pacientes realizaram dupla troca. A idade variou de 8 meses a 79 anos (x = 39) e 255 (54%) eram do sexo masculino. As lesões valvulares encontradas foram: estenose mitral 42 (9%), insuficiência mitral 69 (15%), dupla lesão mitral 59 (18%), disfunção de prótese mitral 55 (12%), estenose aórtica 50 (11%), insuficiência aórtica 55 (12%), dupla lesão aórtica 46 (14%), disfunção de prótese aórtica 42 (9%), insuficiência tricúspide 19 (4%). endocardite infecciosa foi a indicação em 24 (5%) dos pacientes. 112 (27%) pacientes foram submetidos a procedimentos associados, sendo: plástica ou comissurotomia mitral 22 (20%), plástica ou comissurotomia aórtica 9 (8%), De Vega 32 (29%), revascularização do miocárdio 23 (21%), correção de cardiopatia congênita 8 (7%), outros 23 (21%). A mortalidade hospitalar foi de 27 (6%) e a causa de óbito foi: sangramento 5 (16%), baixo débito (22%), arritmia 1 (4%), com a 2 (8%), coagulopatia 2 (8%), morte súbita 3 (12%), mediastinite 2 (8%), outros 6 (22%). No pós-operatório imediato 90 (21%) pacientes apresentaram complicações como: sangramento 29 (32%), baixo débito 17 (18%), arritmia 10 (11%) e outros 34 (39%). 316 (75%) pacientes foram acompanhados em nosso ambulatório e submetidos regularmente ao estudo ecoocardiográfico associado ao Doppler para avaliar a integridade valvar. 27 (7,8%) pacientes apresentaram disfunção valvar sendo necessário a retroca em apenas 6 (2%) casos, estando os restantes em CF I. 8 (2,8%) pacientes foram a óbito tardio sendo 4 por endocardite, por septcemia, broncopneumonia, edema agudo de pulmão. Por ocasião da última consulta 288 (96,2%) estavam em CF I-II e 11 (3,8%) em CF III. Não houve nenhum caso de tromboembolismo.

 

  1. X Congresso Paulista de Cardiologia, patrocinado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado em Bauru, de 29 de abril a 1o de maio de 1989. (Doc. 130)

Apresentação de Trabalho

  1. Disfunção de prótese valvar no primeiro ano de pós-operatório, Amato, M.C.M.; Grinberg, M.; Iizuka, F.H.; Bellotti, G.; Pileggi, F.; Jatene, A. (Doc. 130)

Resumo: Em 1418 próteses valvares de pericárdio bovino implantados de 1982 a 1987, disfunção ocorreu em 25 pacientes (1,7%), sendo 20 (3,3%) aórticos e 5 (0,6%) mitrais. O diagnóstico foi clínico e comprovado pelo ecocardiograma. Nos aórticos havia insuficiência da prótese comprovada pelo ecodopplercardiograma, com espessamento em 7 (0,37%) e rotura em 12 (0,63%) e em um caso foi observado dupla lesão aórtica com espessamento. Dois casos com rotura de prótese necessitaram de intervenção cirúrgica e outros 18 encontravam-se em CF I. Os mitrais revelaram insuficiência em 4 casos comprovados pela ecodopplercardiografia ocorrendo espessamento em 2, calcificação em 1 e rotura no outro (25%). Um caso apresentou dupla lesão mitral por espessamento. Um caso com calcificação estenótica e outro com rotura necessitaram reintervenção cirúrgica. Os demais estão em CF I. Concluímos que a disfunção de bioprótese de pericárdio bovino no primeiro ano de pós-operatório apresentou incidência maior nos aórticos do que nos mitrais, sendo a insuficiência a principal manifestação. A disfunção da prótese não implicou em reoperação imediata.

 

  1. XIII Congresso Interamericano de Cardiologia e XLV Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado no Rio de Janeiro, de 24 a 28 de julho de 1989. (Doc. 131)

Apresentação de Trabalhos

  1. Bioprótese de pericárdio bovino no 1o ano de pós-operatório, Amato, M.C.M.; Grinberg, M.; Pomerantzeff, P.; Mogami, H.T.; Bellotti, G.; Pileggi, F.; Jatene, A.D. (Doc. 131)

Resumo: Em 1418 próteses valvares de pericárdio bovino implantados de 1982 a 1987, disfunção ocorreu em 25 pacientes (1,7%), sendo 20 (3,3%) aórticos e 5 (0,6%) mitrais. O diagnóstico foi clínico e comprovado pelo ecocardiograma. Nos aórticos havia insuficiência da prótese comprovada pelo ecodopplercardiograma, com espessamento em 7 (0,37%) e rotura em 12 (0,63%) e em um caso foi observado dupla lesão aórtica com espessamento. Dois casos com rotura de prótese necessitaram de intervenção cirúrgica e outros 18 encontravam-se em CF I. Os mitrais revelaram insuficiência em 4 casos comprovados pela ecodopplercardiografia ocorrendo espessamento em 2, Calcificação em 1 e rotura no outro (25%). Um caso apresentou dupla lesão mitral por espessamento. Um caso com Calcificação estenótica e outro com rotura necessitaram reintervenção cirúrgica. Os demais estão em CF I. Concluímos que a disfunção de bioprótese de pericárdio bovino no primeiro ano de pós-operatório apresentou incidência maior nos aórticos do que nos mitrais, sendo a insuficiência a principal manifestação. A disfunção da prótese não implicou em reoperação imediata.

 

  1. Plástica de válvula mitral (PVM). Experiência anual, Pomerantzeff, P.M.A.; Azevedo, J.C.; Porciúncula, P.M.; Monteiro, A.C.; Moretti, M.; Amato, M.C.M.; Moraes, A.V.; Ratti, M.; Grinberg, M.; Stolf, N.A.G.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 131)

Resumo: Foram estudados 118 pacientes submetidos à PVM no período de janeiro de 1981 a dezembro de 1988, sendo 69 (58,4%) do sexo feminino de idade entre 1 e 77 anos (média 31,5). O diagnóstico foi de insuficiência mitral em 68 casos e de dupla lesão em 50, sendo que 65 pacientes (55%) encontravam-se em Classe Funcional N.Y.H.A. (CF) IV, 500 (46,6%) CF III, e 3 (2,5%) em CF II. Foram realizadas 90 anuloplastias, sendo 45 em anel de Carpentier, 31 do anel posterior com pontos ancorados em tira de teflon ou pericárdio, 10 anuloplastias de Kay, 1 com anel de Puig-Massana, e 3 anuloplastias do anel posterior com pontos, separados de duplo U em oposição apoiadas em fragmentos de teflon. Ressecções em trapézio da cúspide posterior foram realizadas em 24 pacientes, sendo 1 associado à ressecção em cunha da cúspide anterior. Em 1 caso foi realizado duplicação do orifício mitral e em ampliação da cúspide posterior sendo este reoperado após dois anos e submetido à replastia. Em 1 paciente foi feito sutura de fenda da cúspide posterior associado à ressecção em cunha da anterior e no último plicatura sem ressecção da cúspide posterior. Em 16 pacientes foi realizado encurtamento de cordas tendíneas. Em 53 pacientes foram realizados procedimentos associados predominando a substituição valvar aórtica em 17 pacientes e a plástica de De Vega em valva tricúspide em 10 pacientes. A mortalidade imediata foi de 3,3% (4 pacientes) sendo 3 óbitos em crianças, dois com insuficiência mitral congênita (um com 3 anos e outro com 9 meses de idade) e outro em pacientes de 14 anos portador de endomiocardiofibrose. Com um tempo de acompanhamento de 34997 meses/paciente 83 pacientes (82,8%) encontram-se em CF II e 16 (16,1%) em CF II.

 

  1. I Congresso do Departamento de Ecocardiografia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado no Rio de Janeiro, de 22 a 25 de outubro de 1989. (Doc. 132)

Apresentação de Trabalhos

  1. Análise ecodopplercardiográfica dos resultados tardios da plastia conservadora da valva mitral, Azevedo, J. G.; Pomerantzeff, P.M.A.; Matsura, M.R.; Lehmann, S.; Costa, L.L.D.; Medeiros, C.C.J.; Parga Filho, J.R.; Martins, T.C.; Abensur, H.; Monteiro, A.C.M.; Moraes, A.V.; Amato, M.C.M.; Bellotti, G.; Pileggi, F. (Doc. 132)

Resumo: A inexistência de uma prótese ideal para substituição da valva mitral (VM) natural, acometida por vários processos patológicos, tem levado os cardiologistas a procurar meios de reparos das lesões que acarretem menos problemas. As plastias conservadoras (PC), com as suas mais variadas técnicas, representam uma excelente opção. Com o objetivo de avaliar os resultados tardios desta plastia (1 a 74 meses-média de 26), foram estudados 21 pacientes (pt) portadores de dupla disfunção (12), de insuficiência (7) e de estenose (2) da VM. O estudo constou da análise pré e pós-operatória do AE, VE e FE e da análise pós-operatória do fluxo mitral (FM) – gradientes pico (GP) e médio (GM), área valvar (AV) e presença de regurgitação (R) e do fluxo pulmonar (FP), tempos de aceleração (TA) e de fluxo (TF) e da relação TA/TF. Os resultados mostraram: 1- análise pré e pós operatória: AE (5,97 ± 1, 14×4. 96 ± 1, 16 cm, p 0.001); VE-diástole (6,67 ± 1, 19×5, 85 ± 1,06 cm – p 0,002); VE-sístole (4,52 ± 1, 05×3, 88 ± 1, 02cm – p 0,05) e FE (0,69 ± 0, 12×0, 69 ± 0, 09 – n.s.); 2- análise pós-operatória do FM: GP = 11,8 ± 5,5mmHg; GM = 5, 6 ± 2,4mmHg e AV = 3,09 ± 1, 05 cm2, com ausência de R (11pt) ou R discreta (6pt) em 81% dos casos, com R moderada (2pt) em 9,5% e com estenose moderada (2pt) em 9,5%; 3- análise pós-operatória do FP: TA = 99 ± 25ms; TF = 248 ± 40ms e TA/TF = 0,41 ± 0,08. Estes resultados permitem concluir que: 1- As PC da VM reduzem de modo significativo os volumes do AE e VE sem deprimir a FE; 2- O GM e as pressões na artéria pulmonar são relativamente baixas; 3- A AV é praticamente normal e 4- As lesões residuais, quando existentes, são de pouca expressão hemodinâmica.

 

  1. Estenose aórtica: existem diferenças no espectro ecodopplercardiográfico de acordo com a idade?, Parga Filho, J.R.; Alarcon, J.; Gouveia, O.; Martins, T.C.; Medeiros, C.C.J.; Azevedo, J.G.; Abensur, H.; Amato, M.C.M.; Grinberg, M.; Moraes, A.V.; Bellotti, G.; Pileggi, F. (Doc. 132)

Resumo: A estenose aórtica (EA) tem sua evolução natural bastante conhecida. O aparecimento de sintomas é tardio e, em geral, em fases adiantadas da doença. O aumento da idade média da população, associado a determinados procedimentos terapêuticos, tem possibilitado o estudo da EA em pacientes (pt) idosos. O objetivo deste trabalho é comparar parâmetros ecodopplercardiográficos (EDC) em 73 pt, 30 do sexo feminino, com diagnóstico clínico de EA, em acompanhamento ambulatorial e sem indicação cirúrgica na época do estudo, divididos em 2 grupos: grupo A – com 51 pt e idade £ 59 anos (17-59) e grupo B – com 22 pt e idade ³ 60 anos (60-85). Os resultados dos parâmetros EDC: espessuras do septo (S), da parede (P), diâmetro diastólico (DD), encurtamento sistólico (D%), massa (M) e relação volume-massa (V/M) do VE; o gradiente transvalvar de pico (G) e a área valvar aórtica (AV) foram os seguintes:

 

Idade

S(mm)

P(mm)

DD(mm)

D%

M(g/m2)

V/M

G(mmHg)

AV(cm2)

Grupo A

43,06

11,29

11,29

52,00

36,67

198,14

0,52

67,76

0,82

±

±

±

±

±

±

±

±

±

10,98

3,06

2,68

7,14

6,39

60,79

0,17

32,08

0,40

Grupo B

68,59

11,50

11,55

54,77

34,14

178,53

0,54

74,73

0,72

±

±

±

±

±

±

±

±

±

6,89

1,79

1,92

10,87

10,79

55,92

0,19

40,88

0,40

Estes dados permitem concluir que não há diferenças significativas entre os parâmetros EDC, com exceção da idade, possibilitando supor que esta não exerça influência marcante no espectro da EA.

 

  1. XI Congresso Paulista de Cardiologia, patrocinado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado em Campinas, de 28 a 30 de abril de 1990. (Doc. 133)

Apresentação de Trabalho

  1. Evolução tardia de pacientes submetidos à plástica valvar aórtica, associada ou não revascularização do miocárdio, Lavitola, P.; Dallan. L.A.; Cardoso, L.F.; Amato, M.C.M.; Tarasoutchi, F.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Jatene, A.; Pileggi, F. (Doc. 133)

Resumo: Foram estudados 48 portadores de estenose valvar aórtica de grau importante e que houve preservação das estruturas da válvula aórtica através de comissurotomia e devastamento dos folhetos valvares. Grupo I: 38 pacientes, idade média 58 anos d = 1,04, sexo masculino predominante (62%), submetidos apenas à correção cirúrgica do defeito valvar. Grupo II: 10 pacientes, idade média 62 anos d = 0,58, sexo masculino predominante (72%), revascularizados no mesmo ato operatório. Como achados anatômicos, observou-se Calcificação dos folhetos valvares em 74% dos pacientes, e aspecto bicúspide em 12%. Três (7,8%) pacientes do Grupo I faleceram no pós-operatório, 2 por falência miocárdica e outro em coma neurológico. No grupo II houve apenas 1 (10%) óbito por ocasião da alta hospitalar decorrente da oclusão do enxerto para D.A. Os pacientes foram seguidos por 72 a 96 meses (m = 70 d = 5,8). Em todos realizou-se estudo ecocardiográfico, não sendo observados em nenhum deles redução significativa da massa miocárdica. Todos apresentavam sopro diastólico em rebordo esternal. E, apesar de contatar-se aumento do DdVE em apenas 3 pacientes, sendo 1 do Grupo I e 2 do Grupo II. Do Grupo I, após 5 anos, 3 pacientes apresentaram sintomas de tontura e angina, tendo suas válvulas substituídas devido à reestenose. Do Grupo II, no mesmo período de tempo o reestudo hemodinâmico demonstrou reestenose valvar em 2 pacientes e suboclusão da PS em outro, tendo os 3 sido reoperados para correção dos defeitos. Houve 1 óbito tardio em cada grupo sendo a mortalidade tardia dos Grupos I e II respectivamente 2,9% e 11,2%. Os 42 pacientes sobreviventes evoluíram em CF II e III com boa adaptação à vida social. O procedimento cirúrgico conservador da válvula aórtica mostrou-se método eficaz, evitando-se os riscos inerentes às próteses valvares. Sua associação com a revascularização simultânea do miocárdio não elevou significativamente a morbidade e a mortalidade relacionadas ao procedimento.

  1. II Congresso do Departamento de Ecocardiografia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em São Paulo, de 27 a 30 de maio de 1990. (Doc. 134)

Apresentação de Trabalho

  1. Estenose aórtica: diferenças nos achados ecodopplercardiográficos em grupos etários distintos, Parga, J.R.; Moraes, A.P.; Magalhães, M.; Abensur, H.; Medeiros, C.; Azevedo, J.G.; Amato, M.C.M.; Martins, T.; Silva, L.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Pileggi, F.; Moraes, A.V. (Doc. 134)

Resumo: Estenose aórtica (EA) tem evolução natural bastante conhecida, com sintomas, em geral, de aparecimento tardio e em fases avançadas da doença. O aumento da idade da população tem possibilitado estudar pacientes (pt) mais idosos. O objetivo deste trabalho é comparar parâmetros ecodopplercardiográficos (EDC) em 108 pt (55 mulheres), enviados para investigação a nível ambulatorial. Foram divididos em 3 grupos de acordo com a idade: Grupo A – 25 pt com idade média de 31,8 anos (20-40); Grupo B – 49 pt com idade média de 51,6 anos (41-60) e Grupo C – 34 pt com idade média de 69,3 anos (61-85). Os resultados dos parâmetros EDC foram: 1- Idade: 31,8 + 5,5 vs 51,6 + 5,2 vs 69,3 + 7,0 – p < 0.001; 2- Esp.Septo: 1,2 + 0,4 vs 1,3 + 0,2 vs 1,3 + 0,2 – NS; 3- Esp.Parede: 1,2 + 0,4 vs 1,2 + 0,2 vs 1,2 + 0,2 – NS; 4- Diam.VE: 4,9 + 0,6 vs 5,2 + 0,8 vs 5,2 + 0,9 – A vs B e A vs C – p < 0.05 e B vs C – NS; 5- FE: 77 + 6 vs 74 + 8 vs 70 + 14 – A vs B e B vs C – p < 0.05 e A vs C – p < 0.025; 6- Massa: 162 + 63 vs 188 + 59 vs 178 + 51 – NS; 7- Vol/Massa: 0,50 + 0,19 vs 0,47 + 0,15 vs 0,49 + 0,17 – NS; 8- Grad.: 69 + 33 vs 78 + 29 vs 76 + 38 – NS; 9- Área: 0,80 + 0,24 vs 0,66 + 0,24 vs 0,68 + 0,25 – A vs B p < 0.025, A vs C p < 0.05 e B vs C-NS. Conclusão: as modificações no perfil EDC podem ser imputadas a um aumento da severidade da EA, muito embora a etiologia da doença no Grupo C possa ser diferente da dos Grupos A e B.

 

  1. XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Curitiba, de 2 a 6 de setembro de 1990. (Doc. 135)

Apresentação de Trabalho

  1. Experiência do InCor com bioprótese de pericárdio bovino, Amato, M.C.M.; Werner, K.; Pomerantzeff, P.; Grinberg, M.; Bellotti, F.; Pileggi, F.; Jatene, A. (Doc. 135)

Resumo: Estudaram-se 263 pacientes com bioprótese de pericárdio bovino implantada no período de dez/82 a jul/87. Esses pacientes foram acompanhados clinicamente e submetidos ao ecodopplercardiograma periodicamente até março de 1990. Essa casuística é constituída de 142 (54%) homens com média de idade de 39 anos (8 meses a 79 anos). A substituição da valva mitral ocorreu em 54% (142): por insuficiência em 27% (38), estenose em 16% (23), dupla lesão em 34% (48) e disfunção de prótese em 23% (33); da valva aórtica em 42% (110): por insuficiência em 28% (32), estenose em 25% (27), dupla lesão em 25% (27) e disfunção de prótese em 22% (24) e de valva tricúspide em 4% (10). Durante esse período observamos as seguintes intercorrências: embolia em 3% (11) tendo prevalência para o território cerebral em 92%, endocardite em 5% (19) e disfunção da prótese sem necessidade de retroca em 8% (30). A curva de sobrevida livre de reoperação ao final de 98 meses mostra 68,97% de pacientes em CF I ou II.

 

  1. XII Congresso Paulista de Cardiologia, patrocinado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado em Santos, de 30 de maio a 1o de junho de 1991. (Doc. 136)

Apresentação de Trabalho

  1. Evolução tardia das biopróteses. Estudo comparativo entre posição mitral e aórtica, Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Pileggi, F. (Doc. 136)

Resumo: Estudaram-se 533 pacientes com bioprótese de pericárdio bovino ou porcina implantadas no período de dez/82 a jul/87. Esses pacientes foram acompanhados clinicamente e submetidos à ecodopplercardiografia periodicamente até dez/90. O implante na posição mitral (287 casos) foi feito em pacientes, 52,8% (151) do sexo masculino, com média de idade de 3,8 anos (15 a 78 anos), sendo 27% (77,5) por insuficiência (45,9) 16% por estenose, 34% (97,6) por dupla lesão e 23% (66,0) por disfunção de prótese. O implante na posição aórtica (246 casos) foi feito em pacientes, 55,4% (136,3) do sexo masculino com média de idade de 43 anos (18 a 80 anos), 28% (68,9) por insuficiência, 25% (61,5) por estenose, 25% (61,5) por dupla lesão e 22% (54,1) por disfunção de prótese. Durante o período de 106 meses foram observadas as seguintes complicações: embolia em 2,5% (13) dos mitrais e em 0,5% (2) dos aórticos, endocardite em 2% (10) dos mitrais em 2,8% (15) dos aórticos, disfunção assintomática em 7,4% (39) dos mitrais e em 5,2 (27%) dos aórticos, reoperação em 4,2% (22) dos mitrais e 2,1% (11) dos aórticos e óbito em 5% (26) dos mitrais e 2% (10) dos aórticos. O desenvolvimento de disfunção da prótese aórtica foi mais precoce em relação da mitral.

 

  1. XLVII Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em São Paulo, de 15 a 19 de setembro de 1991. (Doc. 154)

Apresentação de Trabalhos

  1. Evolução tardia das biopróteses. Estudo comparativo entre posição mitral e aórtica, Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.; Grinberg, M.; Bellotti, G.; Pileggi, F. (Doc. 154)

Resumo: Estudaram-se 533 pacientes com bioprótese de pericárdio bovino ou porcina implantadas no período de dez/82 a jul/87. Esses pacientes foram acompanhados clinicamente e submetidos à ecodopplercardiografia periodicamente até dez/90. O implante na posição mitral (287 casos) foi feito em pacientes, 52,8% (151) do sexo masculino com média de idade de 3,8 anos (15 a 78 anos), sendo 27% (77,5%) por insuficiência (45,9) 16% por estenose, 34% (97,6) por dupla lesão e 23% (66,0) por disfunção de prótese. O implante na posição aórtica (246 casos) foi feito em pacientes, 55,4% (136,3) do sexo masculino com média de idade de 43 anos (18 a 80) anos, 28% (68,9) por insuficiência, 25% (61,5) por estenose 25% (61,5) por dupla lesão e 22% (54,1) por disfunção de prótese. Durante o período de 106 meses foram observadas as seguintes complicações: embolia em 2,5% (13) dos mitrais e em 0,5% (2) dos aórticos, endocardite em 2% (10) assintomática em 7,4% (39) dos mitrais e em 5,2 (27%) dos aórticos, reoperação em 4,2% (22) dos mitrais e 2,1% (11) dos aórticos e óbito em 5% (26) dos mitrais e 2% (10) dos aórticos. O desenvolvimento de disfunção da prótese aórtica foi mais precoce em relação da mitral.

 

180.    Estudo randominzado comparando-se a substituição valvar mitral com e sem preservação da continuidade anel cordas tendíneas – papilar, Brandão, C.M.A.; Pomerantzeff, P.M.A.; Amato, M.C.M.; Fukushima, J.; Horta, P.; Ratti, M.; Medeiros, C.C.G.; Tarasoutichi, F.; Cardoso, L.F.; Grinberg, M.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 154)

Resumo: Foram estudados 21 pacientes submetidos a substituição valvar mitral, divididos de forma randonizada em 2 grupos: Grupo I – 12 casos submetidos a troca valvar mitral com preservação da cúspide posterior e cordas tendíneas correspondentes e Grupo II – 9 casos submetidos à troca valvar mitral convencional, retirando-se todo o aparelho valvar mitral. A função ventricular esquerda foi estudada no pós-operatório tardio destes pacientes, comparando-se os resultados obtidos nos Grupos I e II. Para analisarmos a função ventricular esquerda foi utilizado o ecocardiograma, cateterismo cardíaco e estudo radioisotópico. A análise estatística foi feita utilizando-se o tese de Wilcoxon. Não houve nestes pacientes mortalidade operatória imediata. Analisando-se os resultados da fração de ejeção pelo estudo radioisotópico encontramos uma diferença significativa (p = 0,03) entre a queda percentual dos Grupos I e II, sendo a maior queda no Grupo II. Os resultados do percentual de encurtamento do (D) ventrículo esquerdo (VE) obtidos através do ecocardiograma (ECO) foram maiores no Grupo I do que no Grupo II, porém, estatisticamente não significativo. A média dos diâmetros diastólicos do ventrículo esquerdo pelo ECO foi menor no Grupo I do que no Grupo II, assim como quando comparamos os valores médios de tamanho de átrio esquerdo. Houve queda da pressão diastólica final do VE no grupo I (-23,3 +/- 57) enquanto foi encontrado uma ascensão no Grupo II (69,6 +/- 127,6) pelo estudo hemodinâmico, havendo também queda proporcionalmente maior no Grupo I da pressão média de capilar pulmonar e de artéria pulmonar. Houve diferença significativa (p = 0,05) entre os valores médios da pressão diastólica de ventrículo direito, sendo maiores no Grupo II. Podemos concluir que houve uma melhor preservação da função ventricular esquerda no Grupo I.

 

  1. Plástica de valva mitral (PVM). Experiência atual do InCor, Amato, M.C.M.; Pomerantzeff, P.M.A.; Monteiro, A.C.; Rigutto, J.; Snitkowsky, R.; Grinberg, M.; Moraes, A.V.; Ratti, M.; Auler Jr., J.O.C.; Stolf, N.; Verginelli, G.; Jatene, A.D. (Doc. 154)

Resumo: Foram estudados 190 pacientes submetidos à PVM no período de janeiro de 1981 a dezembro de 1990, sendo 106 (55,7%) do sexo feminino com a idade entre um e 77 anos (X = 32,1 anos). O diagnóstico foi de insuficiência mitral em 118 (62,1%) casos e dupla lesão mitral em 72 (37,9%) casos, sendo que 98 (51,5%) dos pacientes se encontravam em CF (NYHA) IV, 85 (44,7%) em CF III, e 7 (3,6%) em CF II. Foram realizados 135 anuloplastias, sendo 75 com anel de Carpentier, 36 do anel posterior com pontos ancorados em tira de teflon ou pericárdio, 20 anuloplastias de Kay; 1 com anel de Puig e Lessana, e 3 anuloplastias do anel posterior com pontos separados de duplo U em oposição apoiados em fragmentos de teflon. Ressecções em trapézio da cúspide posterior (MERENDINO) foram realizados em 51 pacientes. Em 1 caso foi realizado duplicação do orifício mitral e em 1, ampliação da cúspide posterior. Em 1 paciente foi feita sutura de fenda posterior e em outro plicatura sem ressecção da cúspide posterior. Em 28 pacientes foi realizado encurtamento de cordas tendíneas. Em 86 pacientes foram realizados procedimentos associados predominando a substituição valvar aórtica em 19 pacientes e a plástica de “De Vega” em tricúspide em 16 pacientes. A mortalidade imediata foi de 3,1% (6 pacientes), sendo 3 óbitos em crianças, 2 em insuficiência mitral isquêmica e 1 em paciente portador de endomiocardiofibrose. Com um acompanhamento 6892 meses/pacientes 80% dos pacientes se encontram em CF I, salientando-se que não houve mortalidade nos pacientes submetidos à plástica de Merendino e que 96% dos mesmos se encontram em CF I.

 

  1. XLVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em Recife/Olinda – PE, de 20 a 24 de setembro de 1992. (Docs. 177 e 254)

Apresentação de Trabalho

  1. Valor Preditivo do Teste de Esforço na Avaliação da Estenose Aórtica (EVAO).  (Docs. 177 e 254)

Resumo: A problemática do momento oportuno para indicação cirúrgica em valvopatia existe porque o tratamento, ainda hoje, é paliativo, uma vez que o substituto valvar ideal não existe. Assim, quanto mais tempo o indivíduo preservar sua valva natural, menor o risco de necessitar de reoperação. Este trabalho foi realizado com o objetivo de contribuir para uma adequada avaliação dos pacientes assintomáticos com EVAO grave. Casuística e Método: Acompanhei clinicamente, por um período de 20 meses, os 69 pacientes estudados na minha Tese de Doutoramento apresentada na Universidade de São Paulo em 1990. Esses pacientes apresentavam EVAO sem outra doença associada, com média de idade de 48, 39 anos, sendo 65% do sexo masculino. Os pacientes foram avaliados pelo Eco Doppler Cardiograma quanto à área valvar e o gradiente transvalvar aórtico e, pelo teste de esforço, formando-se o grupo A de pacientes com exame normal e grupo B com exames alterados, que foram estudados estatisticamente pelo teste do qui-quadrado. Resultado: O teste de esforço revelou-se melhor que a área valvar e que o gradiente transvalvar como avaliação preditiva da sintomatologia em repouso (oportunidade cirúrgica) da EVAO. A eficácia do TE foi de 80%, enquanto da área valvar foi de 66,67% e do gradiente de 69,60%. Introduzimos o TE com o intuito de avaliar a real repercussão da lesão aórtica em níveis progressivos de trabalho cardíaco controlado, desencadeando possível alteração hemodinâmica, não detectada durante o repouso, quando os mecanismos compensatórios ainda são suficientes.

 

  1. XXXII Congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia Vascular, realizado em Curitiba – PR, de 14 a 18 de outubro de 1997. (Doc. 271)

Apresentação de Trabalho

  1. Valor do Eco-Doppler na Hipertensão Renovascular, Rocha, M. F. M.;  Pinho-Júnior, J.P.; Amato, M.C.M.; Amato, S.J.T.A. (Doc. 271)

Resumo: A hipertensão renovascular é uma das poucas causas de hipertensão com etiologia definida. É doença progressiva com seqüelas graves, entretanto, se for diagnosticada a tempo, pode ser tratada cirurgicamente com êxito. Não existem características clínicas específicas para se fazer o diagnóstico clínico, pela anamnese e exame físico. O objetivo deste trabalho é avaliar a utilização do eco-Doppler na pesquisa de causa renovascular da hipertensão. Método: foram estudados 30 pacientes, do ambulatório de Hipertensão do Hospital Jaraguá, nos últimos seis meses, de acordo com critérios clínicos de investigação de hipertensão renovascular. Todos foram submetidos ao eco-Doppler de artérias renais através de abordagem abdominal, em um aparelho Acuson Sequóia 512 com transdutor 5C2 para abdome e realizado por médico ultra-sonografista com a supervisão da equipe de cirurgia vascular. Resultados: este método identificou doença da artéria renal em 10% dos casos estudados, que posteriormente foram submetidos a cintilografia renal com captopril e angiografia para confirmação do diagnóstico. Conclusão: O eco-Doppler por ser exame não-invasivo, não utilizar contraste nefrotóxico, ser relativamente barato, é eficaz na avaliação de pacientes hipertensos com suspeita de doença renal e deve ser utilizado de rotina para esse diagnóstico.

 

 

 

 

  1.  e 187. Trabalhos aceitos em Congresso

186.    XIX Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a ser realizado em Campos do Jordão-SP de 17 a 19 de setembro de 1998. (Doc. 305)

Trabalho a ser apresentado

  1. O teste de esforço no prognóstico do paciente com estenose aórtica, Amato, M.C.M. & Moffa, P. J.

Resumo: Objetivo – avaliar a importância do teste de esforço como fator preditivo do prognóstico do paciente assintomático com estenose valvar aórtica importante. Casuística – estudou-se por um período de até 60 meses a evolução clínica de 70 pacientes assintomáticos com estenose valvar aórtica (área valvar £ 1cm2) grave, sem nenhuma outra lesão cardíaca associada, excluída pelo cateterismo cardíaco. A média de idade foi de 49,5 anos com prevalência de 46% no sexo masculino. Método – os pacientes foram submetidos: 1. ao ecodoplercardiograma para medidas da área valvar e do gradìente transvalvar; 2. ao teste ergométrico que foi considerado positivo por alterações eletrocardiográficas ou pela interrupção devido a sintomas, tais como angina, pré-síncope, síncope e arritmia e 3. ao acompanhamento clínico, para constatar o aparecimento de evento tal como morte súbita ou referência de sintomas (angina, pré-síncope e síncope). Os dados foram analisados estatisticamente pelo método de Kaplan-Meier e Log-rank. Resultados – A associação da ocorrência de eventos com as variáveis estudadas mostrou que: 1. não há relação com o sexo (p= 0,603) e 2. nem com o gradiente transvalvar (p= 0,3172), 3. mas existe associação estatisticamente significativa com a idade < e ³ 50 anos (p= 0,0124); 4. com a área valvar < e ³ 0,7cm2 (p= 0,0003), 5. resposta positiva ou negativa do teste ergométrico (p= 0,0001) e 6. teste ergométrico positivo por sintomas e positivo por outros parâmetros (0,00580). Conclusão – 1. O teste de esforço é um bom fator preditivo do prognóstico desses pacientes, uma vez que as curvas atuariais de pacientes com teste positivo e negativo são estatisticamente diferentes e que, 2. Esse método, associado à medida da área valvar, pelo ecodopler seleciona mais criteriosamente os pacientes para indicação de correção cirúrgica.

 

 

 

188. Conferencista em Evento

188.    VI Conclave Nacional da Federação Brasileira de Academias de Medicina realizado em Goiânia de 12 a 15 de junho de 1996, tendo proferido, no dia 13, a Conferência Futuro da Saúde no Brasil. (Doc. 248)

Resumo: Todos desejam conhecer o futuro. Nada mais natural do que fazer um ensaio de futurologia para imaginar o que será a saúde no Brasil no próximo século.

A tecnologia moderna antecipa a descoberta de doenças e acelera ou até precipita o tratamento. A imunologia e a biologia molecular estarão modificando a terapêutica oncológica, a engenharia genética permitirá não só a localização dos gens responsáveis por doenças, mas também possibilitará o rastreamento de grupos de risco. Este século superou todas as expectativas quanto ao progresso científico e tecnológico, mas deixou a desejar uma sociedade utópica para todos. Nunca houve na história da medicina tanta fartura de exames e medicamentos, contrastando com tanto malogro de resultados e insatisfação dos pacientes. O relacionamento médico/paciente tornou-se virtual. A consciência da natureza humana do paciente foi perdida.

No próximo século haverá o resgate da ética, os recursos técnicos e científicos serão utilizados corretamente e haverá o respeito do homem para o homem. Não seremos um país em extinção e sim uma nação da aldeia global.

 

189. Presença e Presidência de Mesa

189.    XVIII Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado em Campos do Jordão-SP de 15 a 17 de maio de 1997, na qualidade de Presidente da Mesa que tratou de “Valvopatias”. (Doc. 235)

 

190 e 191. Participação como Debatedora de Temas

190.    Debatedora da Conferência Por uma Cidade Saudável proferida pelo Secretário do Planejamento do Município de São Paulo Roberto Paulo Richter, no Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, em 6 de abril de 1995, em reunião presidida pelo Jornalista Isaac Jardanovski, ao lado de Mário Amato, Cláudio Roberto Contador, Josef Barat, Hélio de Burgos-Cabal, Eduardo Silva, Oliveiros S. Ferreira, Ney Lima Figueiredo, Josué Souto Maior Mussalém, Roberto Pacheco Fernandes e Samuel Pfromm Netto. [Publicada na Revista Problemas Brasileiros, maio/junho 1995, p. 32 a 43. (Doc. 224)]

Resumo: Quero ater-me à questão da Lei Anti-fumo. Sendo cardiologista, convivo com o problema do cigarro diariamente. Estou sempre explicando para as pessoas o quanto ele é maléfico. Acredito que a lei contra o fumo, ora debatida, vêm ajudar os pacientes porque, pelo menos, por alguns instantes, quando em locais públicos não poderão fumar. Há consenso dos malefícios do cigarro especificamente para os pulmões, entretanto seus males são ainda maiores para o lado das artérias e, particularmente, para as do coração. O fato da irritação da fumaça ser direta na árvore brônquica faz com que todos acreditem mais em seus malefícios pulmonares do que suas consequências cardíacas. Muito desconforto que o fumante sente é decorrente do cigarro. Este comprovadamente aumenta a pressão, acelera o ritmo cardíaco e causa vasoconstricção diminuindo assim, o fluxo de sangue para os órgãos vitais. Esses efeitos perduram durante algumas horas.A ilusão daquele que fuma um maço diariamente e que reduz sua cota a meia dúzia fica praticamente o dia todo sob os efeitos perversos desse vício. A decisão deve ser de abandonar deliberadamente o fumo: mudar de hábito.

 

  1. Debatedora da Conferência Por que ser otimista? proferida pelo consultor Ph.D. em Ciência Política pela Universidade de Chicago e professor da Fundação Getúlio Vargas, Alexandre Barros, no Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, em 9 de outubro de 1997, ao lado de Moacyr Vaz Guimarães, Josué Souto Maior Mussalém, Mário Amato, José Paulo Richter, Adib Jatene, Samuel Pfromm Netto, Roberto Penteado, Cláudio Roberto Contador, Irany Novah Moraes e Josef Barat. [Publicada na Revista Problemas Brasileiros, janeiro/fevereiro 1998, p. 22 a 29. (Doc. 289)]