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Artigos de divulgação científica

 

 

 

 

Capítulo 18

Artigos de divulgação científica 

 

251 a 267. Dezessete artigos publicados em jornais – 268 a 275. Oito artigos publicados em revistas.

 

 

251 a 267. Dezessete artigos publicados

 

  1. Coração e a atividade física – O Estado de S. Paulo, p. 38, 28/06/1988. (Doc. 109)

 

  1. Coração das crianças populares – O Estado de S. Paulo, p. 38, 06/04/1989. (Doc. 126)

Crítica – Esse artigo publicado na seção “Idéias em debate” é uma crítica ao Secretário Municipal da Educação que suspendeu o atendimento médico na rede municipal de escolas.

Essência da idéia – As autoridades educacionais têm demonstrado displicência para com a saúde das crianças. Decreto intempestivo suprimindo o exame médico na rede escolar da Capital pode estar privando muitas crianças da única oportunidade que a vida lhes reservara de não serem futuros cardíacos.

O estetoscópio, o mais simples instrumento médico para exame do coração, foi idealizado por Laennec, em 1819, e, até hoje, quase dois séculos depois, continua sendo o melhor. Em que pese toda sofisticada aparelhagem que a tecnologia moderna está oferecendo, quando há divergência entre resultados, o exame clínico continua sendo soberano.

Com ele o médico pode identificar a presença ou não de sopro cardíaco. Embora este nem sempre represente doença do coração, impõe-se, então, exame com especialista.

Do ponto de vista cardiológico é mister que antes de se suprimir os exames médicos em massa, se penderam dois aspectos.

  1. Não há criança que passe a infância sem apresentar um surto agudo de amigdalite. Quando agredida pelo germe, o alerta é dado pela “dor de garganta”, decorrente da inflamação manifestada pelo aumento de volume, vermelhidão e pontos ou placas de pus. A congestão local propicia a entrada de germe na circulação. Nesse instante, o organismo mobiliza todas as suas defesas, imediatamente aparece a febre como sinal de alarme e todo o sistema imunitário é ativado. Os glóbulos brancos aumentam; os gânglios linfáticos próximos ao foco enfartam-se e, assim, progressivamente, os recursos orgânicos vão sendo mobilizados.

Evidentemente, as “crianças populares”, por serem mal alimentadas, portadoras de verminoses, com precários hábitos de higiene, são as mais fracas e, conseqüentemente, as mais suscetíveis a novos surtos de infecção.

A compreensão simplista de que, superada a fase aguda, o problema esteja resolvido é totalmente falsa. Estima-se que 3% das amigdalites evoluam para doença reumática. Esta moléstia pode ser aguda ou crônica, com sérias conseqüências tardias para suas vítimas. O germe que mais freqüentemente infecta a amígdala é o estreptococo beta-hemolítico. Ele pode ficar assestado na orofaringe, mesmo na ausência de doença, aguardando uma queda de resistência orgânica para então atacar. Assim, a recidiva do processo ocorre com freqüência. Entretanto, as coisas são mais complexas do que aparentam. Alguns indivíduos desenvolvem um mecanismo imunológico que produz lesões articulares e muitas vezes também danifica as valvas cardíacas. Esse tipo de evolução levou os médicos antigos a atribuirem à doença reumática comportamento equivalente ao de um animal que “lambe as articulações e morde o coração”.

A lesão valvar pode passar despercebida até a quarta década de vida quando, então, os primeiros sintomas aparecem. Durante esse período, o indivíduo fica suscetível a novos contatos com o agente causador da doença, podendo em cada surto agravar as lesões já existentes. Impõe pois uma profilaxia adequada.

  1. A endocardite infecciosa é outra doença que pode ocorrer em qualquer indivíduo, mas sua incidência prevalece nos portadores de “sopro” cardíaco. Nestes, um simples manuseio dentário pode deslocar o germe que encontrará adesão na válvula cardíaca já lesada, agravando, assim, uma situação até então estável. É por esse fato que pacientes com determinadas lesões cardíacas, de causa reumática ou congênita, devem merecer atenção especial, pois são suscetíveis de ter endocardite infecciosa durante procedimentos cirúrgicos ou na vigência de pequenos ferimentos que estabeleçam porta de entrada para germes. Ressalte-se, novamente, a importância da profilaxia.

Para concluir ressalto que privar as “crianças populares”, na fase escolar, de um exame médico, ainda que seja apenas para tiragem de um grupo de risco, pode ser o mesmo que condená-las a ter uma cardiopatia grave no futuro.

Seqüelas da “pedagogia do oprimido” –  Repercussão no Editorial do Estado de São Paulo de 23/04/1989, p. 3 (Doc. 127), comenta o referido artigo da seguinte forma: O que é, ao menos aparentemente, curioso nessa ideopedagogia que só poderá piorar a já lamentável escola pública brasileira de 1o grau (e também a do 2o grau, cujos reflexos se fazem sentir cada vez mais no ensino superior em geral) é que ela, a pretexto de apoiar esse ser apodado de “criança popular”(já que o melhor apoio seria, evidentemente, propiciar-lhe bom ensino, alimentação e zelo pela sua saúde, dando-lhe condições de vir a desfrutar, pelo seu esforço e trabalho, dos bens da civilização), retira-lhe o mínimo de que já desfrutava, numa inacreditável “displicência” até com a saúde infantil, de que é exemplo a supressão do exame médico na rede escolar mantida pela Prefeitura na capital, já por nós comentada. Em artigo publicado em nossa seção Idéias em Debate, a 6 deste mês, sob o título Coração das Crianças Populares, a médica cardiologista Marisa Campos Moraes Amato clama contra essa displicência (tratar-se-á apenas de displicência e ignorância ou de algo mais rebuscado, dentro da linha sinuosa da administração municipal?), lembrando que o intempestivo decreto “suprimindo o exame médico na rede escolar da Capital pode estar privando muitas crianças da única oportunidade que a vida lhes reservara de não serem futuros cardíacos”. Com muito bom senso, a citada cardiologista mostra como um simples exame médico, que a prefeitura considerou inútil, sem refinamentos maiores e com o uso tão-somente do estetoscópio, pode levar à identificação da presença do sopro cardíaco e demonstrar a necessidade de um exame mais acurado, realizado por especialista. Depois de mostrar os diferentes perigos, do ponto de vista cardiológico, da supressão desse exame, conclui ela que “privar as ‘crianças populares’, na fase escolar, de um exame médico, ainda que seja apenas para triagem de um grupo de risco, pode ser o mesmo que condená-las a ter uma cardiopatia grave no futuro”. No próprio terreno da Educação Física, tal risco se patenteia: como submeter as crianças a exercícios físicos sem que se tenha a menor indicação de suas condições gerais de saúde? Deixar-se-á ao professor de Educação Física a responsabilidade de resolver que criança pode e que criança não pode ser submetida a este ou aquele exercício? Os professores responsáveis pela Educação Física não desejam de modo algum, com carradas de razão, assumir os riscos por eventuais conseqüências dos exercícios por eles comandados, sem conhecer os dados mais elementares relativos às condições de saúde de seus alunos. Dessa forma, as “crianças populares” acabarão privadas, freqüentemente, de um tipo de educação que seria extremamente benéfico para o seu desenvolvimento. Concluamos. O verdadeiro ideal de uma sociedade livre, próspera e democrática será o de não ter “crianças populares”(no sentido ideológico que baliza tal conceito), para o que há de contribuir decisivamente a existência de uma boa escola, que dê formação intelectual, física e cívica a seus alunos, sem distinções de qualquer espécie, como reza, aliás, a Constituição vigente (ainda que omissa na proibição da propaganda de guerra, da subversão da ordem pública ou da luta de classes). E não será, certamente, desvirtuando os fins da escola ou retirando às crianças de parcos recursos aquele mínimo de que já dispõem (no caso, os exames médicos) que se atingirá essa situação.

 

  1. Viva bem comendo melhor – Jornal Verde, n° 5, p. 2, 1989.

(Doc. 158)

 

  1. Hipertensão arterial: como prevenir e tratá-la – Jornal Qualidade de Vida, n° 2, 12/03/1995. (Doc. 220)

 

  1. Respire Saúde. Esqueça o cigarro. – Jornal Qualidade de Vida, n° 3, abril/1995. (Doc. 222)

 

  1. Colesterol: inimigo ou aliado da Saúde? – Jornal Qualidade de Vida, n° 4, p. 3, maio/1995. (Doc. 223)

 

  1. Sesquincentenário de Röntgen – Suplemento Cultural da Associação Paulista de Medicina, n° 98, p.3, junho/1995. (Doc. 199)

 

  1. Check-up e qualidade de vida – Qualidade de Vida, n° 6, julho/1995. (Doc. 251)

 

  1. Respire saúde, esqueça o cigarro – Jornal Tempo Jovem, n° 53, p. 2A, set/out. 1995. (Doc. 229)

 

  1. Arteriosclerose é a principal causa de infartos – Qualidade de vida, n° 8, setembro/1995. (Doc. 296)

 

  1. Mitos e verdades sobre a enxaqueca – Jornal Qualidade de Vida, n° 9, dezembro/1995. (Doc. 230)

 

  1. Portadores de insuficiência cardíaca podem melhorar sua qualidade de vida  –  Qualidade  de  Vida,  n° 10,  abril/1996. (Doc. 297)

 

  1. Futuro da Saúde no Brasil – Jornal do VI Conclave Nacional da Federação Brasileira de Academias de Medicina, Goiânia, 12 a 15 de junho de 1996. (Doc. 247)

 

  1. Pressão alta exige controle permanente – Qualidade de Vida, ano 3, n° 11, julho/1997. (Doc. 256)

 

265.    Faça exercícios e ajude seu coração – Jornal Qualidade de Vida, ano 3, n. 12, agosto/97. (Doc. 203)

 

266.    Colesterol – Boletim Inforlab, n. 6. (Doc. 236)

 

267.    Doença Oculta – Boletim Inforlab, n. 4. (Doc. 268)

Este artigo teve grande repercussão no I Congresso Paulista de Diagnóstico Laboratorial em São Paulo.

 

268 a 275. Oito artigos publicados em revistas

 

  1. Campanha de Profilaxia do Trote, Cultura & Saúde, p. 2, ano III, n° 9, dezembro/1997. (Doc. 275)

 

  1. Diagnóstico Precoce do Mau Médico, Cultura & Saúde, p. 3, ano III, n° 9, dezembro/1997. (Doc. 276)

 

  1. Videoteca da Saúde, Cultura & Saúde, p. 2, ano III, n° 9, dezembro/1997. (Doc. 277)

 

  1. Afaste o perigo do seu coração, SCI Business, ano XIV, n° 163, p. 12, dezembro/1997. (Doc. 282)

 

  1. Benefícios da atividade física, SCI Business, ano XV, n° 164, janeiro/1998. (Doc. 284)

 

  1. O cigarro e seus malefícios, SCI Business, ano XVI, n° 165, fevereiro/1998. (Doc. 285)

 

  1. Ano Acadêmico – 102o, Cultura & Saúde, p. 3, n° 10, janeiro/março 1998. (Doc. 294)

 

  1. Palavras da Presidenta no 103o aniversário, Cultura & Saúde, n° 11, abril/junho 1998 (Doc. 307).